O Maranhão foi marcado por invasões de holandeses e franceses no início de sua colonização, porém conseguiu se desenvolver e se tornou um estado importante para o país.

Diversas personalidades já nasceram em seu território dentre elas estão o 31º presidente do país, José Sarney, natural de Pinheiros; o artista e carnavalesco Joãozinho Trinta e a cantora Alcione que nasceram na capital.

Seu território possui aproximadamente 331.936 km² e uma população com mais de 6 milhões de habitantes. Faz limites com os estados do Tocantins, a sudoeste; no Piauí, na parte leste e o Pará, a oeste. A capital do estado é a cidade de São Luís, que se destaca por seu potencial turístico.

Principais Cidades

• São Luís;
• Imperatriz;
• Caxias;
• Codó;
• Timon;
• Santa Inês;
• Bacabal;
• Balsas;
• Pedreiras;
• Barra do Corda;
• Açailândia.

Geografia

Seu relevo é formado por planícies litorâneas e planaltos que atingem quase todo o território, onde são encontradas serras, chapadas e formações rochosas. Suas planícies possuem pequenos planaltos e vales. Sua vegetação é formada pela mata dos cocais, a floresta amazônica, o cerrado e também os mangues, na região litorânea. Seu clima é tropical, mas na parte noroeste poderá mudar um pouco para equatorial. Em outras partes também é possível encontrar o clima semiárido.

Na hidrografia, as bacias do Maranhão estão localizadas em sua maior parte no norte e nordeste do estado. Seus principais rios são Tocantins, Turiaçu, Mearim, Parnaíba (que também percorre o estado do Piauí), Gurupi, Itapecuru, Pindaré e Turiaçu.

Economia

A economia se baseia na agropecuária, com o cultivo de mandioca, soja, arroz, milho e cana-de-açúcar e também no extrativismo vegetal. Porém, ela se destaca, principalmente, na pesca artesanal e também no fornecimento de frutos do mar (sururu, caranguejo e camarão). Outro setor forte é o de serviços. No turismo, por exemplo, suas praias, os Lençóis Maranhenses e outros atrativos turísticos impulsionam este segmento.

História do Maranhão

O Maranhão também era uma capitania de Portugal, e antes de ser dividido já era explorado. Quando Dom João III dividiu em capitanias, houve a tentativa de exploração de suas terras por parte dos portugueses, Aires da Cunha, que morreu em um naufrágio na costa da capitania; Luís de Melo da Silva, em 1539, cujo navio também afundou; e, João de Barros, que em 1555, enviou seus filhos para explorá-la. Porém, nenhum deles conseguiu efetivamente iniciar uma ocupação no território.

Ocupação Francesa e a França Equinocial

Nesse período, ela já tinha sido invadida pelos franceses que desejavam criar a França Equinocial. Esse projeto previa o início da colonização francesa e foi firmado em 1612 por Daniel de La Touche, que deixou como legado o Forte de Saint Louis, para honrar o rei da França, na época Luís XIII. Foi esta povoação que deu origem a atual capital do Maranhão, São Luís.

Em 1615, ocorreu a Batalha de Guaxenduba, na qual os lusitanos lutaram para que os franceses deixassem o território. Os índios ajudaram os dois inimigos, do lado dos portugueses estavam os tabajaras e do outro os tupinambás. Os portugueses saíram vitoriosos e essa luta permitiu-lhes adquirir parte do território que se encontra na Amazônia. O primeiro governador do Maranhão foi Jerônimo de Albuquerque, o comandante da Batalha.

Invasão Holandesa

Em 1641, o território foi invadido novamente através de São Luís pelos holandeses, com o intuito de explorar e também produzir cana-de-açúcar. Como esta capitania tinha uma vantagem estratégica com relação ao comércio, os holandeses decidiram permanecer e percorrer seu interior. Insatisfeito com essa invasão, o capitão-mor Antônio Teixeira de Melo organizou uma investida junto aos maranhenses e iniciou uma guerra em 1642. Conseguiram expulsá-los apenas em 1644.

Revolta de Beckman

Foi criada pela Coroa, a Companhia de Comércio do Maranhão, no ano de 1682. O objetivo era encaminhar ao território, um navio com escravos e alimentos todos os meses. Isso provavelmente aumentaria o comércio da região. Porém, o sistema não funcionou, pois os preços eram caros, os navios atrasavam e ainda as condições de vida eram precárias. Esses fatores aumentaram a insatisfação dos colonos com a Metrópole e por isso, Manuel Beckman, em 1684, deu início a uma revolta para acabar com a Companhia e também expulsar os jesuítas, visto que, eles não permitiam a escravidão dos índios, que era a mão-de-obra usada no período. Nessa revolta, eles expulsaram os jesuítas e aprisionaram autoridades importantes e, principalmente, o capitão-mor de São Luís. O movimento foi parado pela Coroa e Beckman foi condenado à morte.

O Papel do Marquês de Pombal no Maranhão

A partir de 1750, Marquês de Pombal se tornou o primeiro-ministro de Portugal. Ele foi o responsável por criar o Vice Reino do Grão-Pará e Maranhão, cuja capital seria a cidade de Belém. Ele subdividiu também o território em Maranhão, Piauí, São José do Rio Negro e Grão-Pará. Seu governo foi importante para o Maranhão porque trouxe um grande desenvolvimento ainda mais com a criação da Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão.

Em 1822, houve uma resistência do Maranhão em aderir à Independência do Brasil, pois a parte da população formada por agricultores e pecuaristas tinha uma grande relação com a Metrópole. Na época, era um dos territórios mais ricos do país, por causa de sua localização estratégica, com um fácil acesso à Lisboa. Houveram alguns conflitos, tanto é que a cidade de São Luís foi bloqueada pelo mar e obrigada a entrar no movimento de independência em 1823.

Balaiada (1838-1841)

Uma das revoltas populares que aconteceram no interior do estado foi a Balaiada (1838-1841) liderada por Manuel Francisco dos Anjos Ferreira (Balaio), Negro Cosme, Raimundo Gomes e Cosme dos Santos. A revolta surgiu no período regencial e seu objetivo era conquistar melhores condições de vida, principalmente, contra o domínio político de fazendeiros que comandavam o território. Os revoltosos eram chamados de balaios e eles conquistaram muitos aliados após libertar prisioneiros e dominarem a Vila de Caxias. Luís Alves Lima e Silva passou a governar a província, a fim de acabar com a revolta. Ele reconquistou a vila tomada e após isso, houve o enfraquecimento do movimento. Alguns decidiram se entregar e um dos líderes morreu enforcado.

Diversos acontecimentos contribuíram para a formação do Maranhão. Após a Proclamação da República, ele se tornou um Estado Brasileiro.

Cultura Maranhense

O estado é marcado pela cultura da região norte, principalmente por causa da influência indígena. Além disso, existem várias festas tradicionais, dentre elas estão a do Bumba-meu-boi, uma festa folclórica; o Tambor de Crioula, que é de origem africana. Além dessas existem a Dança do Caroço, Dança do Coco, Dança de São Gonçalo, Tambor de Mina, Cacuria, dentre outras. O estado também é envolvido pela cultura do reggae e chamada de Jamaica Brasileira.

Na culinária, há influência de indígenas, africanos, portugueses e franceses. As comidas são temperadas com pimenta-do-reino, cominho em pó, cheiro-verde e coentro. Se destacam também pratos com frutos do mar, já que é um grande exportador e no açaí, conhecido como juçara, sendo consumido juntamente com peixe, camarão e farinha ou transformado em sobremesa.