Estado Rio Grande NorteO estado do Rio Grande do Norte faz fronteira com os estados da Paraíba e do Ceará, ele possui uma área de 52.811 km² e mais de 3 milhões de habitantes. Sua capital é a cidade de Natal, onde nasceram talentos como a cantora Roberta Sá, o ex-jogador de basquete Oscar Schimidt e o atleta paralímpico Clodoaldo Silva.

A ocupação deste território foi marcada por guerras, pois, antes do domínio português, ele já era explorado, principalmente, por franceses. Com a expulsão dos mesmos do Rio Grande (como era chamada a capitania), os portugueses fundaram o Forte dos Reis Magos e criaram também a cidade de Natal, em 1599. Porém, houve um momento em que o local foi invadido por holandeses que exploraram o melhor da região, desenvolvendo a pecuária e o cultivo de cana, além de se aliarem aos indígenas. Eles dominaram a terra por quase 21 anos.

Principais Cidades

  • Natal;
  • Mossoró;
  • Parnamirim;
  • Assu;
  • Currais Novos;
  • Caicó;
  • São Gonçalo do Amarante;
  • Ceará-Mirim;
  • Macaíba;
  • João Câmara.

Geografia

O relevo da região é formada por depressões que aparecem em várias partes do território, além da planície litorânea e o planalto. Já na vegetação há a floresta tropical, em algumas partes do litoral, mangue, cerrado e caatinga.

O clima da região é marcado pelo tropical úmido na parte litorânea, mas é o semiárido que predomina. Os principais rios da região são o Apodi-Mossoró e o Piranhas-Açu, que também banha a Paraíba. Além deles, há outros como o Potenji, o Jacu, Curimataú, Seridó e o Trairi.

Economia

A economia do Rio Grande do Norte é famosa pela produção de petróleo. Na mineração investe na extração de sal marinho, estanho, gás natural, calcário e feldspato. Além disso, a indústria está concentrada na região metropolitana de Natal. Outro setor importante é o da agricultura, que se destaca pelo cultivo de cana-de-açúcar, milho, melão e mandioca. O turismo é um dos motores da economia, sendo assim, as praias populares são a de Ponta Negra, Genipabu e Pipa. Outro ponto turístico frequentado por seus visitantes é o Polo Costa das Dunas.

História do Rio Grande do Norte

No início da colonização, quando o país foi dividido em capitanias hereditárias, o Rio Grande do Norte, fazia parte da capitania do Rio Grande. Esta capitania tinha sido doada pelo rei de Portugal, Dom João III à João de Barros e Aires da Cunha. Era uma das maiores capitanias.

Aires da Cunha, em 1535, junto com os filhos de João de Barros, seguiram numa expedição para a capitania, porém, não tiveram sucesso, tanto é que Aires acabou morrendo em um naufrágio, quando sua expedição seguia para o Maranhão. Os filhos de João de Barros tentaram morar no território do Rio Grande, mas foram perseguidos pelos indígenas e depois aprisionados por espanhóis. O donatário salvou os filhos, mas não conseguiu cuidar do território de forma efetiva e, assim, ele foi reintegrado à Coroa. Ele ficou vulnerável às invasões francesas, cujos piratas tinha enorme interesse no tráfico do pau-brasil. Eles permaneceram, inclusive, até 1598, no território. Nesse tempo, conquistaram um relacionamento com índios da tribo dos Potiguaras.

União Ibérica e o Domínio Português

Houve um período da história em que Portugal passou a ser comandada pela Espanha. A União Ibérica (1580-1640) foi a união entre as duas monarquias que aconteceu após a Guerra de Sucessão Portuguesa, uma disputa pelo trono por Felipe II, da Espanha, e António I de Portugal (o Prior do Crato). Essa guerra aconteceu depois da morte de D. Henrique, tio-avô do rei de Portugal D. Sebastião. Como D. Sebastião morreu e deixou descendentes seu tio-avô ocupou o trono, mas Henrique faleceu em 1580 e instalou-se uma crise de sucessão para saber quem ocuparia o trono novamente. O rei Felipe II ganhou a disputa, iniciou a união, começou a cuidar dos interesses de Portugal e, inclusive, determinou a conquista do Rio Grande por meio de Carta Régia.

Para combater os franceses, foram escolhidos Manuel de Mascarenhas e Feliciano Coelho, respectivamente capitães-mores de Pernambuco e Paraíba que tiveram auxílio de João e Jerônimo de Albuquerque, sobrinhos do primeiro donatário de Pernambuco. Eles tinham a responsabilidade de criar um forte, cuja construção teve início em 06 de janeiro de 1598, sendo chamado de Fortaleza dos Santos Reis (atual, Fortaleza dos Reis Magos), na foz do rio Potenji. Com o fim da construção do forte, a primeira missa foi realizada na capitania e também criada a cidade de Natal, em 1599.

Invasão Holandesa

O país ficou sob domínio português até 1630, ano em que os neerlandeses invadiram-na e se espalharam para outras regiões do Brasil. Eles realizaram várias expedições para invadir o Rio Grande entre 1625 a 1631, tomando a Fortaleza dos Reis magos, cujo nome foi trocado para Castelo de Ceulen e da cidade de Natal para Nova Amsterdã. A capitania foi controlada por eles por quase 21 anos. O período em que governaram, diversos massacres ocorreram no território para que os holandeses o dominassem. Só foram expulsos do Rio Grande em 1654.

Principais Revoltas

Em 1701, essa capitania ficou sob domínio de Pernambuco e, depois da Paraíba, pois isto facilitaria sua administração. Mas seu habitantes desejavam autonomia, por esse motivo, surgiram revoltas, dentre elas, a Revolução Pernambucana de 1817, que possibilitou a sua separação da capitania de Pernambuco e em 1818, e, também se tornou independente da Paraíba.

Durante o Império, a capitania transformou-se em província. Além disso, o Rio Grande foi impactado pela Confederação do Equador (1824), movimento que defendia a república e era um dos principais contra o governo de D. Pedro I. Um dos personagens importantes foi Tomás de Araújo Pereira, governador da província, acusado de estar envolvido na revolta. O movimento foi repreendido, sendo ele substituído pelo presidente da Câmara, Lourenço José de Moraes Navarro. Posteriormente, o novo governador, Manuel Teixeira adquiriu a missão de pacificar a região. Com a Proclamação da República, em 1889, o Rio Grande se tornou um estado do Brasil.

Cultura do Rio Grande do Norte

Praia Rio Grande NorteO principal item da cultura do estado é o artesanato com trabalhos criados com areia colorida, cerâmica, couro ou madeira, além de objetos trançados e cestas. Esses itens podem ser encontrados, principalmente, no litoral e na capital.

Fazem parte das danças e brincadeiras os mistos de danças, os autos populares e o espetáculo teatral. Uma das festas populares é a do bumba-meu-boi, chamada também de boizinho.

Na culinária há uma forte influência da cultura portuguesa e indígena, sendo alguns pratos do estado a carne de sol, queijo de manteiga, galinha a cabidela e frutos do mar. Dentre os produtos que também são utilizadas estão o coco, o milho verde; e, frutas como mangaba, maracujá, abacaxi, banana, dentre outras.

Textos produzidos por Stephanie Cristhyne A. da Silva