Desenho AdvogadoProvavelmente, quando você era pequeno, perguntavam para você: “ o que você vai ser quando crescer?”. Talvez, para alguns, essa resposta tenha sido respondida nos anos de escola. Para outros, ela pode ter sido martelada por toda vida, sem uma resposta definitiva. Em alguns países orientais, quando um bebe nasce, vários objetos, cada um representando uma profissão, são espalhados pelo chão e se espera que o bebê escolha um para ir de encontro. Dependendo do objeto que o bebê irá buscar, é “definida” a futura profissão do bebê. Mas essa superstição, hoje em dia, não costuma influenciar muito na carreira dessas pessoas no futuro.

Além da grande tensão que é estar prestes a fazer uma prova que pode significar a sua entrada na Universidade ou Faculdade, o período pré-vestibular ainda inclui outras preocupações. A maior delas é decisão de qual área seguir. A tensão é normal, afinal, será muito dinheiro investido, muito tempo que se leva para finalizar um curso, muito trabalho e mais: será a área com que se espera trabalhar pelo resto da vida.

Enfim... essa escolha pode ser um terror para algumas pessoas. Para os indecisos, algumas dicas são dadas para que essa escolha possa ser tomada com mais segurança. Uma das formas que se tem para ajudar é o teste vocacional que, a partir de respostas de uma prova, avalia quais são suas habilidades e que área é indicada a você. O resultado não deve ser a palavra final na decisão de qual rumo seguir, mas pode ser um valioso instrumento para dar uma ideia do que pode ser a melhor escolha. Esses testes, no entanto, têm perdido o prestigio já há vários anos e segundo alguns estudiosos, ele não pode avaliar a tendência de uma pessoa a determinada profissão somente por algumas questões escritas.

Uma das primeiras medidas a serem tomadas é auto conhecimento. Saber o que mais te atrai nos estudos. Saber quais são os pontos fortes e os fracos e, principalmente, saber a área que faz sentir prazer em estudar. À primeira vista, parece difícil, mas mesmo sem ter a certeza sobre uma determinada área para trabalhar, esses conhecimentos já permitem que você saiba em que profissão não trabalhar. Por exemplo, se você é muito bom com números, mas tem dificuldade de entender gramática, áreas como Jornalismo ou Letras, provavelmente, não serão uma boa escolha.

Outro passo é conhecer as opções de cursos que se têm. Algumas pessoas desistem no decorrer de um curso por não ser “bem o que esperava”. Para evitar esse problema, o conhecimento do funcionamento dos cursos que se deseja seguir é uma informação valiosa. É interessante pesquisar também alguns cursos que não se pensa fazer. Pode acontecer de, inesperadamente, descobrir matérias dentro de uma área, que você se identifique. Essa pesquisa facilita, inclusive, um direcionamento maior dentro da área escolhida. Se você faz Medicina, em que se especializar? Cardiologista, obstetra, geriatra... são vários segmentos dentro de uma área de estudo. Nas instituições de ensino, os cursos que são oferecidos, geralmente, tem sua grade de matérias divulgada e também um panorama do que se trabalha nessa área. Essas descrições são uma ótima fonte de pesquisa.

Outra forma de estudo interessante para fazer essa escolha é conversar com pessoas que atuam no mercado de trabalho, justamente na área em que você pensa seguir. Pessoas que já passaram pelo curso e estejam trabalhando com isso, têm uma visão mais ampla sobre o processo completo que você poderá passar. Dúvidas podem ser solucionadas com uma boa conversa e, caso seja mesmo sua vontade seguir o curso da pessoa que você conversou, ele pode dar boa dicas.

Conversar com pais e familiares a respeito de qual área escolher é quase uma obrigação, até porque, na grande maioria dos casos, são os pais ou familiares que começam pagando a Faculdade. Como pais e conselheiros, uma boa conversa é sempre boa para dar confiança nas escolhas, tirar dúvidas e receber conselhos. Existe o caso de pais que desejam e, às vezes, exercem uma certa pressão, para que o filho siga alguma determinada profissão. Esses casos devem ser resolvidos também na base da conversa. Apesar de existir pessoas que realmente gostaram do curso que seus pais escolheram para elas, esse caminho não costuma dar certo. Portanto, não é indicado escolher algum curso para satisfazer outros, a primeira pessoa que deve estar satisfeita com a escolha é você.

Textos produzidos por Guilherme Carvalho

Revisados por Cristiana Chieffi