Mulher Problemas FinanceirosAs contas chegaram, mas o dinheiro não deu para pagar tudo. Fica a questão: o que fazer para se livrar dos problemas financeiros? Ser inadimplente não é algo que alguém deseje, mas também não é ruim, desde que se tenha como quitar o débito. Sempre é possível renegociar e muitas pessoas só fazem isso em casos extremos. Até as grandes empresas querem receber o que lhe pertencem.

Os empréstimos e a grande oferta de crédito são apontados como os maiores vilões para o endividamento. Esses financiamentos são utilizados para facilitar a compra de bens e serviços (principalmente casas e carros). O interessado tem uma quantia financiada que é paga com juros, mas é necessário atentar-se aos encargos cobrados nas parcelas e ao valor dos juros em caso de atraso.

Há instituições que fazem até promoções, oferecendo redução de juros nas parcelas ou descontos no valor integral em determinadas épocas do ano. As financeiras muitas vezes renegociam para diminuir o prejuízo e para que o seu cliente que um dia foi devedor, volte a ser um comprador.

O que é SPC?

Marca da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, o Serviço de Proteção ao Crédito, possui um banco de dados com informações de crédito dos consumidores. Suas informações são alimentadas por associações comerciais e câmara de dirigentes lojistas com várias informações em todo o Brasil. O órgão oferece de forma gratuita a todos os cidadãos as informações de crédito.

Grupos de apoio para devedores

  • Devedores Anônimos de São Paulo
  • Devedores Anônimos do Rio de Janeiro

Cartão de Crédito: o Vilão das Finanças Pessoais

O número de brasileiros que utilizam o cartão de crédito para pagar contas está cada vez maior e isso interfere negativamente nas finanças e dívidas. Ele dá a falsa sensação que você possui mais dinheiro do que realmente tem e aí mora o perigo. Além disso, os juros cobrados pelas administradoras de cartão de crédito estão entre os mais altos no comércio. Confira a seguir algumas dicas para usá-los de forma consciente:

  1. Separe os gastos com cartão de crédito para entender qual é o caminho dos seus gastos. Veja se não está exagerando em comida fora de casa, roupas, lazer, etc. Detalhe o máximo que puder e corte gastos desnecessários;
  2. Pagar um pouco acima do mínimo ou somente esse valor pode ser um grande problema. Sempre analise a fatura do cartão anotando as parcelas e seu limite de crédito para aquele mês. Por exemplo: se você ganha R$ 800,00 reais e possui um crédito de R$ 500,00 sabe que não poderá usar todo esse valor por um mês sabendo que ainda terá que pagar aluguel, água, luz, supermercado, combustível, etc;
  3. Use no máximo dois cartões para evitar diversas cobranças de juros e anuidades;
  4. Parcele seu cartão em poucas vezes e coloque o valor da parcela no orçamento pessoal;
  5. O cartão não é uma dívida e sim uma forma de pagamento;
  6. Se perceber que não irá conseguir pagar integralmente a fatura, mantenha contato com a administradora e renegocie o máximo possível;
  7. Use-o para pagamentos parcelados e evite comprar em crediários de lojas;
  8. Evite utilizá-lo para pagamentos menores como compras em padarias e lanchonetes. Deixe-o apenas para compras maiores e parceladas;
  9. A partir de junho de 2012 os bancos passaram a cobrar 5 tarifas de seus cartões: anuidade, emissão de 2º via, saque, pagamentos e avaliação emergencial de limite;
  10.  Se não tem mais condições de arcar com o limite disponibilizado para você peça para reduzi-lo.

Empréstimo Consignado

Tirar DinheiroOs empréstimos consignados são linhas de crédito muito utilizadas pelos brasileiros. Elas oferecem essas linhas mais baratas com direito a débito na folha de pagamento da empresa em que você trabalha. Ou seja, a empresa tinha a garantia que o dinheiro seria pago porque ele era retirado direto da fonte.

O grande problema está entre o interesse das pessoas em conseguir o empréstimo e a facilidade gerada pelas linhas de crédito. Várias famílias começaram a solicitar o serviços e consequentemente se endividaram. Um outro grave problema desse tipo de empréstimo são os juros menores que dão a falsa impressão de que você está com poucas dívidas. Outro problema dessa modalidade de empréstimo é o fato de algumas empresas retirarem da folha salarial uma porcentagem bem maior do que é determinado. Ou seja, sem perceber você compromete sua renda.

Se você já está com 30%” da sua renda comprometida com empréstimo consignado, a dica é ajustar as outras contas no restante do salário e simplesmente parar de gastar. Evite compras caras, trocar de carro e todos os sonhos de consumo até que essa dívida esteja quitada. Você pode tentar renegociar os valores, mas saiba que essa é uma tentativa difícil devido a resistência dessas empresas em fazer tal procedimento porque o valor já é debitado diretamente.

Se você está se sentindo lesado pela financiadora de empréstimo consignado você pode verificar juntamente ao Banco Central se aquela empresa está autorizada a fazer empréstimos. Recorra ao Procon de seu estado caso esteja se sentindo lesado e se o empréstimo estiver sendo feito diretamente em sua pensão do INSS, você pode registrar reclamação juntamente a Ouvidoria do INSS no atendimento 135.

Cheque Especial

Utilizar o cheque especial de seu banco é uma furada e pode acarretar em sérios problemas financeiros. A taxa de juros cobradas são altas e essa deve ser sua última escolha de crédito quando estiver precisando de dinheiro. Esse limite já é determinado pelo banco e dá a impressão de que se tem um saldo extra na conta, no entanto aquele dinheiro não é seu. Fique atento a suas retiradas, pagamentos e depósitos e nunca utilize esse valor oferecido.

Como enfrentar o problema?

Antes que sua dívida aumente ainda mais, entre em contato com a instituição e explique o seu problema. Fique a par de toda a situação: valor atual da dívida, incluindo, as multas por atraso e os juros. Analise seu orçamento e veja se poderá arcar com a renegociação. Demonstre que está empenhado em sanar suas dívidas, mas isso não garante que a renegociação será feita. Defina o valor que poderá ser pago, tente fazer com que o prazo de pagamento seja estendido ou que haja redução na taxa de juros. Não negocie um valor que não possa pagar e tenha em mente que será necessário alguns sacrifícios para quitar suas dívidas.

Problemas Financeiros no Casamento

Falar de dinheiro com o parceiro é complicado e muitas vezes isso pode gerar discussões e crises, portanto, é necessário tomar algumas medidas para evitar problemas;

Conversem sobre os gastos e as finanças. Isso evita discussões futuras e aproxima o casal. Vale também estipular um valor de gastos pessoais para cada um por mês.

Não faça do dinheiro a razão da sua vida. Ele é importante, mas não deve se tornar o seu único interesse. Dois gastadores compram mais do que apenas um, não é mesmo? Tentem equilibrar os gastos individuais para evitar dívidas.

Se os dois conseguem conciliar os gastos conjuntamente podem utilizar uma conta conjunta para facilitar as finanças. Agora se uma das partes do casal tem dificuldade em conviver com os hábitos de consumo do parceiro, a melhor forma é trabalhar com contas separadas.

Paguem as dívidas juntos e eliminem o problema mais rápido.

Não esconda o que deve ou o que comprou de seu cônjuge. Essa é uma prática muito comum entre os casais que deve ser evitada.

Divida as tarefas financeiras por igual. Nem sempre é fácil ou prazeroso pagar contas, mas os dois podem facilitar a execução dividindo a tarefa de ir à bancos e lojas para efetuar pagamentos.

Gastem o que vocês ganham. Dinheiro não deve ser utilizado apenas para o pagamento de dividas e podem ser usados em viagens conjuntas, jantares e outras atividades.

Textos produzidos por Patrícia Aline Pereira da Silva