O chuveiro elétrico é um velho conhecido dos brasileiros, presente na grande maioria das residências e essencial para um banho confortável.
Esse sistema elétrico de aquecimento de água foi implantado no Brasil no fim da década de 30, porque o potencial de uso da energia elétrica era maior que os outros.
A origem do chuveiro é remota, devido a necessidade que os povos antigos, como gregos e egípcios tinham de cuidar da higiene pessoal, desenvolveram um sistema de queda d'água que facilitava esse ritual que tanto prezavam.
Depois da segunda Guerra Mundial, com a reconstrução das cidades e suas estruturas de saneamento, os banheiros passaram a integrar a parte interna das casas. Os chuveiros foram desenvolvidos para facilitar o processo de limpeza pessoal também era um equipamento essencial dentro desse cômodo.
O chuveiro elétrico tem um funcionamento muito simples, o aquecimento da água ocorre a partir de uma resistência instalada no interior do chuveiro, por onde passa a corrente elétrica, que será transformada em calor, responsável por aquecer a água que passará pelo mesmo compartimento.
No entanto, esse não é o único modo de obter água aquecida para chuveiro. Existem alternativas, como o sistema de aquecimento solar e a gás. Cada tipo de processo tem suas vantagens e desvantagens, desde a instalação até a questão do consumo excessivo de água, os riscos que a manutenção oferece ou não, enfim, é preciso medir os pontos contra e a favor para instalar qualquer um desses sistemas em sua própria casa. Hoje, o mercado oferece vários tipos de chuveiro elétrico, como os que possuem pressurizador, blindagem, o eletrônico (que possibilita a mudança gradual de temperatura), além dos modelos convencionais ou simples. Eles são desenvolvidos com materiais mais resistentes e com diversos tipos de design, possibilitando ao consumidor muitas alternativas na hora de comprar.
Mas o consumidor não deve se preocupar com esse produto só na hora de adquiri-lo, a manutenção dos chuveiros é essencial, observar se a parte elétrica não está com defeito, cuidar do bom funcionamento da resistência e também dos crivos.
A segurança nesses casos é muito importante, pois como se trata de um aparelho ligado ao sistema elétrico, as pessoas que o utilizam estão sujeitas a sofrer algum tipo de acidente. Uma das recomendações mais importante é chamar profissionais qualificados para instalar e/ou consertar os chuveiros, pois as pessoas que tentam fazer manutenções por conta própria podem sofrer graves acidentes.
Origem dos Chuveiros Elétricos
Os chuveiros começaram a ser usados principalmente depois da segunda guerra mundial, onde a prática dos banhos na Europa começou a ser mais disseminada. Com a reconstrução do espaço urbano devastado pela guerra, as casas foram organizadas de uma maneira mais moderna, os banheiros foram instalados dentro das casas e os chuveiros se tornaram indispensáveis, como instrumento essencial da higiene pessoal.
No Brasil, os banhos não eram um tabu, como para os europeus, por influência da cultura indígena. O hábito de tomar banho diariamente foi facilitado pelo chuveiro elétrico que chegou ao Brasil durante o governo de Vargas. Como no país não tínhamos estrutura para desenvolver o aquecimento a gás como nos EUA e Europa, a alternativa era aproveitar a energia elétrica que começava a crescer naquela época.
Foi desenvolvido, então, o chuveiro elétrico, no qual a água se aquecia a partir do espiral de metal que ficava dentro do chuveiro. Nesse período ainda era um objeto caro, não eram todos que tinham acesso, nem ao chuveiro nem a energia elétrica, mas com o passar do século XX, a revolução tecnológica facilitou o acesso de cada vez mais pessoas a essas facilidades.
Na verdade a origem do chuveiro é remota, na Antiguidade as civilizações desenvolvidas, principalmente, no Mediterrâneo tinham o peculiar hábito de tomar banho com frequência. No Egito, por exemplo, o clima quente influenciou os hábitos diários de banho da população, há registros de que os egípcios tomavam mais de um banho por dia, o que os livrou de muitas doenças. Os gregos e romanos cultuavam o corpo, a beleza e a perfeição, os banhos para esses povos era essencial, o contato com a água fazia parte da educação das crianças, que aprendiam a nadar desde muito pequenas. Em Roma, as termas ficaram famosas e eram locais públicos onde os homens costumavam ir para banharem durante horas. O objetivo principal era o banho, mas acabava sendo uma tática de convivência social.
Os povos do Oriente viam no banho um ritual de purificação do corpo, enquanto os europeus repudiavam esse costume por achar que o contato com o corpo podia nos aproximar do pecado da carne. Os chineses e Japoneses herdaram inúmeros costumes para a hora do banho, utilização de sais, óleos essenciais, sabonetes perfumados que acompanhavam os rituais que tanto prezavam e ainda cultivam.
Há alguns registros de que na antiguidade, no Egito e Grécia, já existiam objetos usados no banho muito parecidos com os chuveiros que conhecemos, mas que utilizavam um princípio de aquecimento de água através de lenhas. Com o tempo esse modelo foi sendo aperfeiçoado, o chuveiro que conhecemos é o resultado de muito estudo, afinal aqueles primeiros ainda não eram totalmente seguros e não ofereciam cem por cento de satisfação para quem utilizava.
Na década de 1960, o plástico veio substituir o metal, na fabricação dos chuveiros elétricos. Além de menor custo, esse novo material, mais frequentemente o polietileno, dava mais liberdade na confecção e design dos produtos. O plástico também contribuiu para maior segurança dos chuveiros, pois o material plástico é isolante e não possui tanto risco como os chuveiros de bronze e latão, comercializados anteriormente.
Os chuveiros vendidos no Brasil, possuem especificações de qualidades e segurança, não existem só os elétricos, temos uma série de alternativas de energia e aquecimento. Mas hoje, os chuveiros que utilizam a energia elétrica são muito mais econômicos que antes.
Como Funciona o Chuveiro Elétrico
Quais as peças fundamentais do chuveiro e como a água é aquecida?
As peças que constituem o chuveiro são basicamente o resistor e uma membrana de borracha. O resistor é uma peça metálica de cromo, níquel ou ainda de uma liga desses dois metais. Esses metais possuem alto ponto de fusão, ou seja, atingem altas temperaturas sem derreter, o que permite o aquecimento da água que passa pelo compartimento do chuveiro, onde o resistor se encontra.
A membrana de borracha é uma peça que fica instalada antes dos orifícios do chuveiro, por onde a água sai, a pressão que a água exerce sobre ela na saída aciona o ligamento da chave elétrica, o que vai permitir o funcionamento do aquecimento da água em virtude da energia elétrica. A água aquece porque entra em contato com o resistor. O aquecimento do resistor, por sua vez acontece quando a energia elétrica que o percorre é transformada em energia térmica (calor). Esse calor, quando entra em contato com a água, que passa pelo compartimento do interno do chuveiro, onde o resistor se encontra, é tão grande que é capaz de aquecê-la rapidamente.
Pra que servem as chaves “Verão” e “Inverno”?
Os chuveiros possuem uma chave reguladora da temperatura da água. Essa chave tem duas opções, a verão, que corresponde a água morna, e o inverno, correspondente a água quente. Há ainda a opção de não usar água aquecida, quando nenhuma das chaves anteriores são ativadas. Quando o usuário opta pela água morna, basta colocar a chave na posição verão, o que provocará o funcionamento inteiro do resistor, a corrente elétrica passará por todo ele, o que dificultará o aquecimento, sendo assim, a água ficará em uma temperatura considerada morna (confortável). Se o usuário preferir tomar banho utilizando água realmente quente, ele deverá posicionar a chave na posição inverno. Quando ele muda a chave para essa posição, ele limita um espaço em a corrente vai circular no resistor, sendo assim, o resistor aquece mais em menos tempo, fazendo com que a água que passa por ele fique mais quente.
Por que quando eu abro pouco o registro a água sai mais quente?
Muita gente se pergunta porque, independente da posição em que a chave do chuveiro se encontra, se abrirmos pouco o registro a água sai mais quente. Essa explicação é bem simples e se baseia no funcionamento do resistor como fonte do aquecimento da água. Não importa se a chave está posicionada em verão ou inverno, se abrirmos apenas um pouco o registro do chuveiro, a água irá sair mais quente do que se o registro for todo aberto. Isso ocorre por causa do menor volume de água com o resistor quente, se aquecendo mais e em maior velocidade do que se houvesse mais vazão de água.
Tipos de Chuveiro Elétrico
Atualmente, no mercado, existem muitos tipos de chuveiros, além das duchas. Porém, a maioria das pessoas não se interessam pelas diferenças existentes entre esses produtos e o que eles podem oferecer ao consumidor.
Há dois tipos de chuveiros que costumam confundir os consumidores, os elétricos e os eletrônicos, não se trata da mesma coisa, mas como os nomes são parecidos muita gente acaba pensando que não há diferença entre entre eles.
O primeiro é o mais simples, o mais comum na casa da maioria dos brasileiros. Trata-se de um chuveiro confeccionado em plástico muito resistente e possui apenas duas opções de temperatura da água, que o usuário pode mudar a partir da chave optando por inverno (água quente) e verão (água morna).
Já o segundo tipo, o eletrônico, é um pouco mais sofisticado, ele possui mais opções de temperatura da água a ser usada no banho, permitindo mais conforto ao consumidor, afinal não tem a temperatura da água limitada só a quente e morna. A temperatura pode mudar gradualmente conforme a sua necessidade. Além desse conforto, o chuveiro eletrônico permite maior economia de água e energia, pois possui maior tecnologia no seu desenvolvimento.
Há outro modelo muito inovador, o chuveiro com pressurizador. Esse chuveiro resolve o problema da pressão da água para aqueles que se incomodam com o volume reduzido de água que cai dos chuveiros comuns ou daqueles chuveiros que se encontram muito perto das caixas d'água. O pressurizador pode ser instalado ou pode-se comprar uma ducha ou chuveiro com esse diferencial, que serve para aumentar a vazão da água e consequentemente dar mais conforto a quem vai usá-lo.
As marcas mais famosas de chuveiro possuem essa opção, com pressurizador. De uma marca para outra variam: o preço, design e o material usado na fabricação dos chuveiros. O preço médio de um chuveiro com pressurizador embutido varia entre R$ 55,00 e R$ 600,00. Essa diferença no preço é justificada pela qualidade do produto e também o resultado que oferece ao consumidor.
Algumas marcas oferecem duchas e chuveiros mais resistentes com um material que garante maior durabilidade, principalmente para consumidores que moram em regiões litorâneas, onde as condições da água e do ambiente não garantem a durabilidade do produto. Por isso foram desenvolvidos produtos com material mais resistentes que não são corroídos com facilidade e que tem uma sobrevida maior.
As duchas não são a mesma coisa que um chuveiro. Elas possuem alguns diferenças, apesar de ter o mesmo objetivo, isto é, de serem usados para o mesmo fim. Os chuveiros possuem menos vazão de água por isso, economizam mais no consumo de água, porém as duchas são mais econômicas em relação ao consumo de energia elétrica, pois sua instalação exige outro tipo de aquecimento de água por acumulação.
Manutenção de Chuveiro
A primeira precaução que se deve ter com um chuveiro elétrico é durante sua instalação, que deve ser feita por um profissional qualificado. Ao ser instalado ele deve ser aterrado, o que permite maior segurança do aparelho garantindo que não haja sobrecarga elétrica, livrando-o de eventuais acidentes e até do perigo de queimar. É importantíssimo que o aterramento seja realizado de maneira eficiente e que a casa possua um para-raios.
A manutenção desse tipo de chuveiro não custa muito dinheiro, é relativamente simples, não necessita de um técnico especializado para mexer caso fique com algum problema, como é na manutenção do chuveiro aquecido a gás, por exemplo.
Um técnico com o mínimo de treinamento consegue arrumar um chuveiro elétrico com problemas simples como, resistência queimada ou crivos que precisem ser trocados. É muito importante observar o funcionamento da resistência de um chuveiro elétrico, afinal é ela a responsável por aquecer a água e se estiver queimada pode colocar em risco a segurança de quem utiliza esse chuveiro. Uma outra dica, não reaproveite resistências queimadas, além de inseguro aumenta o consumo de energia elétrica.
Já os crivos precisam de manutenção constante, pois conforme vamos usando o chuveiro eles vão entupindo, ficando sujos, enfim, chega um momento em que o fluxo da água começa a ser comprometido, ou seja, enquanto tomamos banho a água vai caindo aos poucos, o que não nada agradável. A troca desses crivos é bastante simples e barata e deve ser feita pelo menos uma vez por ano.
É muito importante observar se o sistema elétrico de uma casa está funcionando perfeitamente, pois qualquer imprevisto nesses casos pode causar acidentes, machucar alguém ou até mesmo levar a morte por eletrocutamento. Ao perceber certos problemas com seu chuveiro, não demore para pedir ajuda de um profissional, não se arrisque a tentar consertar você mesmo se não tem conhecimento suficiente, pode ser que piore a situação.
É sempre bom alertar as crianças da casa para que não mexam na chave reguladora de temperatura do chuveiro (verão/inverno) sozinhas, molhadas ou ainda com o chuveiro em funcionamento, é essencial que elas saibam do perigo que correm nesses casos, para que não façam nada de errado e não se envolvam em acidentes domésticos.
Vantagens e Desvantagens do Chuveiro Elétrico
O uso do chuveiro elétrico envolve pontos fracos e pontos fortes, principalmente em relação ao consumo. As vantagens envolvem economia e praticidade no uso desse tipo de chuveiro, enquanto as desvantagens envolvem os prejuízos a quem a utiliza.
O chuveiro elétrico é um dos equipamentos que mais gasta energia em uma residência brasileira. Dentre os eletrodomésticos que mais consomem energia, como secador para o alisamento de cabelo, ferro de passar e televisão o chuveiro pode chegar a consumir o equivalente a horas de uso desses aparelhos em apenas alguns minutos.
Essa questão também depende de quem usa o chuveiro, na opinião de especialistas, o banho ideal deve durar em média de oito a dez minutos, não mais que isso. Porém, sabe-se que muitos brasileiros tem o péssimo hábito de passar mais de quinze minutos com o chuveiro aberto e alguns até alcançam a marca de meia hora tomando banho. É esse tipo de comportamento que permite alto consumo de energia elétrica.
Dessa forma, a grande desvantagem do chuveiro é o alto consumo de energia elétrica. Afinal, para que a água se aqueça nesse sistema é necessário uma grande quantidade de calor gerado pela eletricidade. Por causa disso, quando há falta de energia por qualquer motivo, há a obrigatoriedade de tomar banho sem água aquecida, pois a água não é aquecida e armazenada e esquenta na hora em que o chuveiro é ligado.
Uma vantagem desse sistema é o consumo de água, muito menor do que em outros tipos de aquecimento, como o solar em que a água demora um tempo até sair aquecida, o que leva o usuário a ligar as duchas e esperar até a água aquecer para começar a tomar o banho, fora que essas duchas tem uma vazão muito maior que os chuveiros elétricos.
Outro ponto favorável é que a temperatura não decresce conforme o uso, como acontece nos outros tipos de aquecimento. Se a pessoa começa a usar em determinada temperatura, ela se manterá constante até o fim do banho sem que o processo seja desconfortável.
No Brasil, há muitas regiões onde a maior parte do ano o clima é quente, dessa forma, onde o inverno não rigoroso, as pessoas tendem a não utilizar muita água quente e tomam banho com água em temperatura ambiente ou mesmo fria, para aliviar o calor. Quando é assim constata-se que o uso de energia elétrica é menor nessas regiões contribuindo para uma boa economia.
A instalação do chuveiro elétrico é muito mais barata do que outras opções de aquecimento de água, como o aquecedor solar, por exemplo, mas a longo prazo ela pode ser mais cara que essa segunda alternativa, sendo que essa só tem alto custo de instalação e não possui nenhum gasto de pagamento de uso, só a utilização da água. Enquanto é preciso pagar pela energia elétrica.
Textos produzidos por Ludmyla Barbosa