Bandeiras PenduradasA bandeira, de acordo com o dicionário, é um pedaço de tecido, que normalmente possui formas retangulares e que suas cores, insígnias ou figuras servem de distintivo a uma nação, corporação, partido político, ou até mesmo para comunicar ao longe sinais convencionais.

Existem vários tipos de bandeira, seja na botânica, na história (das expedições dos bandeirantes). Enfim, a bandeira abordada será aquela cujo conjunto de símbolos forma um significado.

Cada bandeira é feita para representar alguma coisa. As equipes esportivas, por exemplo, geralmente levam consigo suas bandeiras que, através de todos os elementos nelas contidas, e por muitas vezes sem palavras, faz com que todos conheçam a história da equipe. Geralmente, as bandeiras vêm acompanhadas por uma música, feita para relembrar o passado de glórias e comemorar a ascensão.

É comum que todos os países tenham suas bandeiras. Elas são levantadas num grande poste, esse, chamado de mastro. Esses panos hasteados serão sempre a propaganda dos países. As bandeiras estão presentes em diversos lugares. Por exemplo, nas grandes reuniões mundiais, nos gabinetes presidenciais, em escolas e diversos órgãos governamentais, estádios e etc. A influência das bandeiras é muito forte, uma vez que não se pode representar um país com um pedaço da terra dele, digamos. São visíveis os números de panos repetidos que vemos por aí, tamanha é a importância deles. O país que tem a simbologia mais antiga é a Dinamarca. O símbolo dele é uma bandeira de cor vermelha com uma cruz branca e alongada no meio (a cruz escandinava).

O modelo da bandeira dinamarquesa foi copiado por alguns países como: Inglaterra, Suécia, Noruega e Finlândia. Os ingleses alteraram sua bandeira para aquela vista comumente nas Copas do Mundo (branca com uma cruz vermelha).

Entretanto, a antiga bandeira é azul-marinho com uma cruz vermelha no meio e um 'x' vermelho com branco ao fundo; representava a união do chamado Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte. Essa bandeira se desmembrou em três: a atual bandeira da Inglaterra, a bandeira da Escócia e a Austrália copiou o modelo do Reino Unido.

No Brasil, existem as cores: verde, amarela, azul e branca. Não há muita certeza sobre o que as cores realmente significam, mas sempre é ensinado que o verde significa as florestas; o amarelo as riquezas e grande quantidade de ouro no Brasil e o azul do céu, estrelado, por sinal.

Todavia, o significado do parágrafo anterior pode não ser o verdadeiro. Então, ficaremos com os especialistas desse ramo. De acordo com alguns deles, as cores apresentam sentidos totalmente distintos dos mencionados.

O verde, localizado na região retangular da bandeira, representa a Casa Real de Bragança, da qual o imperador Dom Pedro I fazia parte. A cor amarela, presente no losango, simboliza a Casa de Habsburgo, cuja dona era Maria Leopoldina, primeira imperatriz do Brasil.

O azul da bandeira brasileira, com várias estrelas, representa o céu do Rio de Janeiro, da manhã do dia 15 de Novembro de 1889 – dia da Proclamação da República. A parte branca serve para escrever o lema da bandeira: “Ordem e Progresso”. Esse lema é baseado na frase do francês Auguste Comte, que diz: “O amor por princípio e a ordem por base; o progresso por fim”. Cada estrela de nossa bandeira significa um estado brasileiro.

As cores foram firmadas por meio do decreto nº 4. Ele afirma que as pigmentações são para recordar as lutas e vitórias do Brasil, por meio de seu poderio bélico e representa a integridade do país entre as outras nações. São quatro tonalidades capazes de carregar toda a história, desde lutas até as glórias; por isso elas são tão importantes.

História das Bandeiras do Mundo

Bandeira TrêmulaAs bandeiras começaram a ser usados no início na Ásia, onde provavelmente foram inventadas. A Índia e a China deram o pontapé inicial e logo para as antigas províncias vizinhas, Birmânia de Sião (Myanmar) e para todas as outras províncias do sudeste asiático.

Antigamente, existiam algumas representações usadas nas batalhas, chamadas de sinal de campo. Os sinais de campo serviam como uma espécie de uniforme, em que, nas roupas dos soldados, eram estampados emblemas, que serviam para seu exército se diferenciar do inimigo, bem como distinguir um civil de um militar.

Esses emblemas podiam ser usados de diversas formas. Havia tropas que os usavam em coletes, com uma estampa do brasão do reino que o soldado pertencia. Outros clãs se manifestavam com pedaços de panos coloridos na cintura ou ombro.

Um protótipo de bandeira, que também é um sinal de campo, é o cocar. Ele não é apenas um símbolo indígena, os exércitos costumavam usá-los; todavia, eram feitos com outros tipos de material.

Em alguns casos, as representações eram feitas para organizar os exércitos, bolar estratégias de guerrilha e até contar os inimigos, visto que em muitas guerras antigas não existiam as armas de fogo. Todas as batalhas eram corpo a corpo, isso causava um tumulto, que, por sua vez, gerava a confusão total. Por isso, as antigas representações eram cruciais para ganhar uma batalha.

Segundo as escrituras da Bíblia Sagrada, no século VIII a. C., o profeta Isaías recebeu ordens do Deus de Israel para levantar uma bandeira e clamar em alta voz. Geralmente, as bandeiras vêm acompanhadas de hinos.

As bandeiras eram carregadas por homens da linha de frente nas guerras. Por muito tempo elas representavam as províncias nas batalhas. Após o desenvolvimento e a relação entre as províncias, tornou-se obrigatório o uso das bandeiras nos navios. Logo, elas passaram a ser o símbolo das nações.

A Dinamarca foi o primeiro país a adotar a bandeira como um representante nacional, em meados do século XV. Apenas a partir do século XIX, as bandeiras passaram a representar as nações e estados soberanos.

Textos produzidos por Douglas R. B. Furtado

Revisados por Cristiana Chieffi Albuquerque