VegetaçãoO Brasil, no que se refere à vegetação, é um país rico em recursos naturais, principalmente, desses biomas, áreas verdes, etc. A floresta amazônica, a mata dos cocais, mata atlântica, araucárias; como, também, o cerrado, caatinga, pantanal, os campos, manguezais e outros tipos formam o sistema de vegetação que cobre o nosso país.

A floresta amazônica cobre quase que 50% do território brasileiro e passa pela Amazônia e parte da região Centro-Oeste e Nordeste. A riqueza desse bioma é tanta que a floresta é considerada uma farmácia, devido aos remédios provenientes de suas plantas, o que atrai estrangeiros e estudiosos. Possui mata fechada, diferente das florestas de clima temperado.

Há três ramificações da floresta amazônica: a mata de igapó, a mata de várzea e a mata de terra firme. A igapó é inundada constantemente e é formada de palmeiras e pequenas árvores envolvidas com cipós. As matas de várzea sofrem inundações periódicas, dependem das cheias dos rios. Na mata de terra firme, há menos inundações e as árvores são mais altas, tais como o guaraná, o castanheiro, etc.

A mata das araucárias é também chamada de floresta ombrófila mista. Esse tipo de vegetação é comum em regiões que apresentam o clima subtropical ou tropical de altitude, comum nas regiões sul e sudeste do Brasil. Ocorrem nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Caracterizam-se por apresentar folhagens pontiagudas: ipê, cedro, erva-mate, dentre outros.

Compreende a costa do território brasileiro quase completamente, a mata atlântica vai do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, sempre no litoral e se desenvolve nas serras elevadas. As matas intermediárias são úmidas e cobrem a faixa da encosta; no entanto, não sofre com a umidade marítima. É bastante visada, pois apresenta um solo fértil e já foi devastada, restando poucos trechos cobertos por essa vegetação.

Entre os biomas da floresta amazônica e da caatinga, está a mata dos cocais. Ela compreende, em sua maioria, o estado do nordeste. Esse tipo de vegetação foi bastante desmatado, pois o material retirado dela possui valor comercial lucrativo: bolsa, cestos, esteiras, alcatrão, acetato, palmito para alimentação do gado e óleos. Todos esses materiais são aproveitados do babaçu. A cera é retirada da carnaúba, outra árvore característica da mata dos cocais. Ela recebeu uma alcunha pelos moradores da região: “árvore da providência”.

Os cerrados são característicos da região centro-oeste e cobre todo o planalto central. Assim como a floresta amazônica, o cerrado apresenta uma biodiversidade de culturas; além disso, é considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO. Esse ecossistema é subdividido em duas seções: cerrado e cerradão. Os cerradões possuem mais árvores do que arbustos. Os cerrados se caracterizam pelos chapadões e as árvores de troncos sinuosos e galhos retorcidos, além da escassez de água e um solo que apresenta deficiência de minerais.

A caatinga predomina em climas quentes. Ocorre na região nordeste, que tem o clima semiárido e, também, quando há solos ralos e salinos. Já a Caatinga apresenta escassez de água, o que muda a característica das árvores que a compõem. Existem os arbustos Xique xique e mandacaru; as árvores, juazeiro, barriguda, etc.

Tal vegetação tem se perdido devido à má utilização dos solos. A criação de pastos, irrigação e drenagem do solo acabam com ele.

Campos limpos são formações de gramíneas e predominam no sudeste e região sul e recebem diferentes nomes, dependendo da região. Por exemplo, no Rio Grande do Sul são chamados de coxilhas. Já os campos sujos apresentam, além das gramíneas, os arbustos; são resultado da degradação dos cerrados.

Inundados na época de cheia, os campos de hileia, também conhecidos como campos de várzea, aparecem na região do Amazonas, em alguns locais do Pará e na Ilha de Marajó. Outra vertente dos campos meridionais são os campos serranos, comuns em relevos de altas altitudes.

Os manguezais ocupam pequenas áreas das regiões litorâneas e em locais onde as águas não se movimentam, como nos pântanos do litoral, lugares alagados pela maré alta. A vegetação do manguezal se desenvolve em áreas alagadas porque possuem raízes aéreas e respiratórias. As árvores mais comuns desse bioma são os mangues.

Nos litorais, há formações de herbáceas e pequenos arbustos, mais evidente nas regiões onde tem duna. Crescem nesses locais a mata de jundu, que mede entre 30 e 150 centímetros. No entanto, elas não progridem em áreas alagadas, nem salinas.

Textos produzidos por Douglas R. B. Furtado