Todos nós experimentamos a euforia quando estamos diante de uma situação emocionante, isso nada tem de patológico, mas a diferença entre a euforia normal para a do indivíduo bipolar está na proporção. A euforia sentida pela pessoa bipolar é quase sempre desproporcional ao acontecimento e aparece sem nenhuma razão. Agem como se estivessem sob efeito de algum estimulante, para quem vê é difícil entender qual a razão de tamanha excitação.
Juntamente com a excitação pode haver a hiperatividade cerebral, o raciocínio rápido, a desorganização das idéias e a agitação. A pessoa não consegue concluir um assunto e logo passa para outro, não termina as tarefas que inicia e tem múltiplas ideias ao mesmo tempo, além de articularem as palavras muito depressa. Há também um sentimento de onipotência e de ousadia. Isso acontece porque durante a euforia o indivíduo tem o seu senso crítico afetado então são capazes de agir impulsivamente e inconsequentemente como se aquele dia fosse o último dia de suas vidas. Gastar na fase da euforia é o habito mais comum e junto com o gasto vem também a megalomania, por exemplo, gastam todo seu dinheiro em sapatos do mesmo modelo e em todas as cores, compram uma viagem para um pais exótico, compram obras de arte, caem na promiscuidade, nas bebidas, nas drogas, etc.
Durante a euforia também podem ficar muito afetuosos com as pessoas próximas e receptivos com estranhos. O sono também fica comprometido nessa fase, ao contrário da depressão costumam dormir pouco, dormem tarde e levantam cedo e muitas vezes tem insônia. Vivenciar o estado de euforia é sempre preferível pelo indivíduo bipolar, pois se sentem melhor que a fase depressiva.
Nesse estado liberam toda a energia que parecia estar guardada nos períodos de depressão. Essa fase apresenta risco para a integridade física e patrimonial do indivíduo e de sua família, porque podem gastar mais do que tem acumulando muitas dívidas.
Textos produzidos por Laura Antonia Mariano