Turfe é o nome dado às corridas de cavalo, um dos esportes mais tradicionais do mundo, que teve início na Inglaterra no século XVII, mas chegaram ao Brasil somente no século XIX. No início, os cavalos com mais aptidão para corrida eram os Bérberes e os Árabes, mas após o cruzamento dessas raças com os melhores cavalos europeus, surgiu o Puro Sangue Inglês que até hoje domina o esporte.
Cada corrida é denominada “páreo” e em uma reunião turfística são realizados vários páreos, com alguns intervalos entre eles, que é o momento onde as apostas são efetuadas. Porém, existem dois tipos de páreo:
Comuns: A seleção é feita de acordo com a idade e o número de vitórias do cavalo.
Clássicos: São as principais provas, denominadas “Grandes Prêmios”, ou seja, as provas máximas de cada entidade turfística, disputadas com calendário definido tradicionalmente.
No turfe, existem dois tipos de corrida, uma em que os cavalos correm a galope montados por jóquei, e outra onde correm atrelados à uma aranha ou charrete, porém este é menos comum. Os percursos podem ocorrer em linha reta, com traçado de forma ovalada ou triangular, plano ou com obstáculos (steeplechase).
As distâncias dos percursos variam de acordo com os tipos de cavalo que participam da competição: 1000 metros para os mais velozes, 1600 para os milheiros, e 2400 para os cavalos mais resistentes. Variam sempre entre 400 e 4000 metros.
O turfe não é apenas a corrida, ele se inicia com a criação dos cavalos de corrida nos haras. Existem haras que fazem até a escolha dos reprodutores, a elaboração do cruzamento, o acompanhamento da gestação e o desenvolvimento do potro. Após atingir certa idade, pode ser leiloado ou ser reservado pelo seu criador.
A vila hípica dos hipódromos é o destino dos potros, que depois de adestrados, recebem o treinamento e a adaptação às exigências das corridas. Após serem preparados, são montados jóqueis que os treinam diariamente, até se sentirem preparados para participar de competições.
Após o encerramento das atividades como corredores, que depende da idade e da raça, os cavalos são levados para serem reprodutores.
As corridas de cavalo sempre contam com a participação de apostadores que confiam na vitória de um determinado cavalo; porém, elas não podem ser envolvidas na criação ou no preparo do animal. Existem diversas possibilidades de apostas. Veja as principais:
Cada páreo, independente das apostas, possui uma premiação em dinheiro ao proprietário do cavalo vencedor. Já nos centros de corrida mais organizados, o jóquei, o criador e o treinador também recebem uma quantia como premiação.
Exigências para a Competição: Antes de competir, os cavalos passam por um exame veterinário, onde o peso, os batimentos cardíacos e a temperatura corporal são verificados. Logo após a prova, os cavalos são submetidos a um exame, para verificar se nenhuma substância proibida foi utilizada. O doping é uma prática desonesta, pois o correto é que todos os animais possam competir nas mesmas condições, que o vencedor seja o mais preparado e capaz por mérito próprio. Além disso, algumas substâncias dopantes podem trazer danos ao animal.
Algumas substâncias proibidas: Opioides, Esteróides anabólicos, Bases Xanticas, Anfetaminas, Anestésicos Locais, Antihistamínicos, Corticosteróides, etc.
Além dos cavalos, os jóqueis também influenciam bastante nas corridas de cavalo e não há uma regra para a altura e o peso, mas é recomendável que o jóquei tenha aproximadamente um metro e meio, e de 45 e 48 Kg.
Haras de Turfe no Brasil:
Entidades de Turfe que organizam programas de corridas:
Textos produzidos por Laisa Agostini Vinhas
Revisado por Cristiana Chieffi