Alguns cientistas consideram taxonomia e sistemática sinônimos, porém outros que a sistemática é mais descritiva. Essa diferença pode ser percebida ao longo da história da classificação.
No início, os naturalistas estavam preocupados apenas em descrever as espécies e separá-las nos grupos específicos. A taxonomia de Lineu, por exemplo, faz parte desta classificação.
Com o surgimento de novas teorias, como a da evolução, os processos evolutivos foram levados em consideração pelos cientistas e, a partir daí, surge um novo método de classificação: a sistemática filogenética, que utiliza a taxonomia e a filogenia.
Entenda os conceitos: Taxonomia, Sistemática e Filogenia
Taxonomia é o ramo da Biologia dedicado a descobrir, descrever, classificar e nomear os seres vivos.
Sistemática Filogenética é uma área focada nos processos evolutivos das espécies, classificando-as, de acordo com esses processos. Nela está incluída a taxonomia e a filogenia.
Filogenia é a área da biologia que utiliza informações moleculares e dados morfológicos para realizar o estudo das relações evolutivas entre os grupos.
Um dos principais naturalistas responsável pela criação da taxonomia foi Carl von Linné. Ele escreveu sobre o assunto no livro Systema Naturae, onde dividiu a natureza em três reinos chamados de mineralia, vegetalia e animalia.
O método proposto por Lineu era formado por cinco grupos taxonômicos:
Reino - Classe - Ordem - Gênero - Espécie
Houveram outros acréscimos em sua classificação tais como o Filo ou Divisão e Família, além de outras grupos propostos de acordo com novos estudos, tais como a introdução do 'Domínio'. Além disso, os sistemas utilizados atualmente, levam em consideração o parentesco evolutivo entre espécies, pois os estudiosos acreditavam na evolução das espécies, ao contrário de Lineu, que se apoiava na ideia de que os seres vivos foram criados por uma divindade e, portanto, permaneciam inalterados desde sua criação.
Superdomínio: Biota
Domínio (super-reino ou império) - Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primatas
Família: Hominidae
Gênero: Homo
Espécie: Homo Sapiens
Obs.: Esse modelo é uma classificação simples do homem, considerando apenas as categorias principais, porém existem categorias intermediárias que complementam a classificação, tais como: subreino, superfilo, superclasse, etc.
Vários conceitos de espécie surgiram, ao longo dos tempos, por causa da evolução dos estudos. No princípio, os cientistas acreditavam que espécie eram apenas indivíduos semelhantes, porém esta definição logo foi descartada. Depois, constatou-se que além disso, deveriam cruzar entre si.
Mas, descobriu-se que algumas espécies diferentes podiam cruzar também, gerando descendentes. Depois, que esses descendentes deveriam ser férteis. Ainda há muitas divergências com relação a definição da espécie. Porém, um dos conceitos mais comuns foi proposto por Ernest Mayr e Theodosius Dobzhansky “Espécies são grupos de populações naturais que estão ou têm o potencial de estar se intercruzando, e que estão reprodutivamente isolados de outros grupos”.
Atualmente, os processos evolutivos são levados em consideração no momento de classificar uma espécie, porém, mesmo assim, este conceito não está completamente definido.
Dentro da sistemática, as escolas ou linhas de pensamento são utilizadas para explicação e organização das diversidades dos organismos.
É a área que analisará e descreverá os organismos de acordo com suas relações filogenéticas. Isso quer dizer que a taxonomia e a filogenia serão dois métodos aplicados dentro da sistemática.
Na sistemática filogenética, também conhecida como cladística, estudam-se os processos evolutivos das espécies que são classificadas de acordo sua evolução.
Esse ramo da biologia é complexo e passa por evoluções constantes devido aos avanços no estudo das classificações dos seres vivos.
Textos produzidos por Stephanie Cristhyne A. da Silva