Estado PiauíO Piauí tem uma área com cerca de 251.611 km² e uma população com mais de 3 milhões de habitantes. Sua capital é a cidade de Teresina, local onde nasceram personalidades como Torquato Neto, um poeta, jornalista e participante do movimento da contracultura.

Além dele, outros talentos nasceram nas demais cidades do estado, tais como o músico Frank Aguiar, o Cãozinho dos Teclados, natural de Irainópolis e Evandro Lins e Silva jornalista e político, natural de Parnaíba, dentre outros.

Faz limites com os estados do Maranhão, Tocantins, Bahia, Pernambuco e Ceará

Mesmo com o envio de diversas expedições para o território, apenas a partir do século XVII, a colonização da capitania começou a ser efetiva. A exploração teve início no interior do estado com a criação de gado e foi se desenvolvendo no decorrer de sua história, principalmente com bandeirantes como Domingos Jorge Velho e Domingos Afonso Mafrense, grandes proprietários das terras do Piauí.

Principais Cidades

  • Teresina;
  • Parnaíba;
  • Picos;
  • Piripiri;
  • Floriano;
  • Campo Maior.

Geografia

O relevo do Piauí possui planícies conhecidas como aluvionares, que são formações planas ou com algumas inclinações e litorâneas, que aparecem no litoral do estado e também nas margens do rio Parnaíba, que é um dos principais.

Na vegetação encontra-se a caatinga, nas porções sul e sudeste; o cerrado, na parte norte e leste; a Mata de Cocais, está a oeste e a Floresta passa pelo Vale do Paraíba.

O clima que prevalece é o tropical, porém, na parte sudeste há o clima semiárido quente. Com a estiagem na parte sudeste, o estado é capaz de fica aproximadamente 8 meses de seca. Dentre os rios que passam pelo estado estão o Parnaíba, Canindé, Gurgueia, Poti, Fidalgo, Uruçuí-Preto e Uruçuí-Vermelho.

Economia

A economia do estado é variada e composta pela indústria têxtil, química e de bebidas; Na agricultura há, por exemplo, o cultivo de mandioca, soja, algodão, cana-de-açúcar e arroz. Além disso, com a pecuária - uma das principais atividades desde a formação inicial do Piauí - é voltada para a criação de bovinos, suínos e caprinos. Outros setores importantes são o turismo, em especial no litoral, com suas praias (Atalaia e Pedra do Sal, por exemplo) e diversos pontos turísticos da capital; e, o extrativismo mineral e vegetal, principalmente, com a extração de carnaúba e babaçu, na Mata dos Cocais.

História do Piauí

O território do Piauí era ocupado por diversas tribos, tais como Timbira, Tabajaras, Tremembés, Tupis, Jaicós, dentre outras. Ele estava entre as capitanias do Maranhão e Pernambuco e demorou um tempo para ser colonizado. Uma das atividades econômicas efetuadas na época era a de criação de gado que se desenvolveu no interior do Maranhão e do Piauí.

Nesse primeiro momento, o Piauí estava integrado à Capitania do Pernambuco. No ano de 1695, passou para a do Maranhão e até aquele momento, o território não tinha conquistado a independência. As terras eram doadas por meio de sesmaria pelos governantes dessas capitanias, e dentre os que tomaram posse estavam os bandeirantes Domingos Afonso Mafrense (que após sua morte suas terras foram doadas aos jesuítas da Companhia de Jesus) e também Domingos Jorge Velho. Os jesuítas e seus cuidados com o gado ajudaram no desenvolvimento da pecuária, porém eles foram expulsos e as fazendas incorporadas a Coroa, fato que provocou o declínio desta atividade econômica.

Pode-se dizer que a capitania de São José do Piauí, como era chamado o estado, foi criada em 1718, mas foi definida, de fato, apenas em 1758. Seu primeiro donatário era João Pereira Caldas que tinha como missão principal a de perseguir os indígenas.

A sede do governo estava na Vila da Mocha (hoje a vila é chamada de Oeiras), definida pelo rei de Portugal. Depois outras freguesias se tornaram vilas, tais como Santo Antônio de Campo Maior, Marvão, Jerumenha, São João da Parnaíba e Parnaguá, que atualmente são respectivamente as cidades de Campo Maior, Castelo do Piauí, Jerumenha, Parnaíba e Parnaguá.

Várias expedições foram realizadas para conquistar a posse e assim aconteciam diversos conflitos para esta ocupação. Por esse motivo, o governo em 1774, fez uma alteração no tamanho das terras, devendo medir 3 léguas, mas isso não adiantou, pois os ocupantes continuavam formando latifúndios. Apenas em 1795 que as sesmarias foram regularizadas pelo rei de Portugal D. João VI.

Capital do Piauí

Posteriormente, durante o governo de D. Pedro II, em 1852, a capital do Piauí foi transferida para Vila Nova do Poti pelo baiano José Antônio Saraiva que assumiu o governo do Piauí entre 1850 a 1853. Hoje é conhecida como Teresina, em homenagem à imperatriz Teresa Cristina de Bourbon.

Principais Conflitos

As principais disputas que o Piauí participou foram a Batalha do Jenipapo, a Confederação do Equador e a Balaiada (1838-1841). Com a Proclamação da República, em 1889, a província se tornou um estado do Brasil.

A Batalha do Jenipapo que aconteceu no dia 13 de março de 1823 foi uma das mais importantes para a história do estado. Nela participaram também o Ceará e o Maranhão que juntos batalharam contra os portugueses liderados pelo Major João José da Cunha Fidié. De um lado estavam as tropas de Portugal que desejava que o norte continuasse fiel à Coroa e não aderisse a independência. De outro a família Souza Martins, que dominava Oeiras, e havia cortado relações com a Coroa, proclamando a independência de Oeiras. Foi travada uma luta nas margens do rio Jenipapo, em Campo Maior, a fim de evitar o domínio português. Apesar do massacre ocorrido, os brasileiros conseguiram impedir o domínio da capital.

Cultura Piauiense

A cultura do Piauí é rica e marcada por sua história. O folclore também é muito forte, principalmente, com a tradição da festa do Bumba-meu-boi e o Reisado. Este último faz parte de uma brincadeira onde um grupo de pessoas usam mascaras ou fazem caretas. Elas participam de uma orquestra composta também por mulheres. Além do Reisado há também a Marujada e o Pastoril.

Outro destaque está na culinária, com pratos típicos como Baião de dois, arroz com galinha, maria isabel, panelada, sarapatel, buchada, paçoca, pirão (que são produzidos pela farinha de mandioca, um dos principais ingredientes piauienses), dentre outros, que normalmente, são temperados por cebolinha, pimenta de cheiro, coentro e corante natural de urucum.

Textos produzidos por Stephanie Cristhyne A. da Silva