O estado do Acre possui uma área de aproximadamente 164.123 km² e uma população com mais de 800 mil habitantes. A capital é a cidade de Rio Branco. Os estados que fazem limite com o Acre são o Amazonas (norte) e também a Bolívia (sudeste) e o Peru (sul e oeste).
O Acre começou a ser ocupado por migrantes, em especial, do Nordeste, em busca de trabalho. Naquela época, a extração do látex era uma das tarefas que poderiam ser realizadas pelos brasileiros, que eram conhecidos como seringueiros. Em 1877, o estado ainda fazia parte da Bolívia, e a população queria torná-la parte integrante do Brasil. Em 1903, o Acre se transformou em um estado independente e em 1962 foi elevado à categoria de Estado.
O relevo do território é formado por planaltos (Planalto Rebaixado da Amazônia Ocidental), planícies (planície Amazônica) e depressão (depressão Amazônica) e na vegetação é todo formado pela Floresta Amazônica. Seu clima equatorial, quente e úmido.
Os principais rios que atravessam o Acre são o Tarauacá, o Envira, o Purus, Acre e o Juruá. Eles pertencem à Bacia Hidrográfica Amazônica.
A economia do Acre é baseada no extrativismo, sendo um dos maiores produtores de borracha do país. Outros produtos populares são a castanha-do-Brasil e a extração da madeira. Na agricultura predomina o cultivo de feijão, mandioca, milho, cana-de-açúcar e arroz.
Na indústria existe aquela voltada para a produção de barcos, pisos, móveis, transformação de produtos agrícolas, carrocerias, dentre outros. É focada também na pecuária, na mineração e na pesca.
A parte que corresponde ao estado do Acre, de acordo com o Tratado de Tordesilhas pertencia à Espanha.
Assim, a ocupação deste território teve início na Bolívia e também, quando em 1852, os colonos brasileiros começaram a ocupar a área para a extração do látex, principalmente, depois do golpe político vivenciado pelo presidente boliviano Aniceto Arce.
O Tratado de Ayacucho, criado em 1867, foi utilizado para definir os limites entre esses países, mas como a parte da Bolívia, ficaria com a área separada para a extração do látex, os brasileiros dispensaram o acordo e expulsaram os bolivianos. Essa luta, culminou em 1899, com a Revolução Acriana, onde a população se revoltou com a ocupação dos bolivianos.
Apenas com o Tratado de Petrópolis, assinado em 1903, o Acre passou a fazer parte do Brasil e para que o acordo fosse efetuado o governo deveria realizar um pagamento em dinheiro à Bolívia, em troca das terras do Amazonas.
O Acre se tornou um estado brasileiro em 15 de junho de 1962, por meio da lei 4.070, sancionada pelo presidente João Goulart.
Dentre os principais itens da cultura acriana pode-se citar a culinária e o artesanato. Os pratos comuns tem origem indígena e nordestina e como exemplo, estão o pato no tucupi, pirarucu, bobó de camarão, carne de sol com macaxeira e vatapá. Já no artesanato, encontram-se peças feitas com os materiais da floresta. Uma das festas religiosas populares é o Ritual de Santo Daime. É um ritual de origem indígena, onde as pessoas cantam um hino que é lido com ave-marias e pai-nossos, intercalados.
As principais personalidades do Acre são o seringueiro e ativista Chico Mendes, que nasceu em Xapuri e contribuiu consideravelmente para a defesa da Amazônia; Marina Silva, política, ambientalista e pedagoga; e o jornalista e cronista Armando Nogueira, criador do Jornal Nacional.
Textos produzidos por Stephanie Cristhyne A. da Silva