Estado ParáO estado do Pará possui uma área de 1.247.955 km² e uma população com mais de 8 milhões de habitantes. Ele faz limites com o Mato Grosso (sul), o Tocantins (sudeste), Maranhão (leste), o Amazonas (oeste), Amapá (norte); Roraima (noroeste), além do Suriname e Guiana, sendo banhada pelo Oceano Atlântico.

A capital do estado é Belém, de onde nasceram talentos como o ex-futebolista Sócrates e a cantora e atriz Fafá de Belém.

Das principais cidades do estado pode-se citar Belém, Santarém, Castanhal, Ananindeua, Bragança, Altamira, Marabá, Parauapebas, Soure, dentre outras.

O Pará, antigamente era conhecido como Grão-Pará e por muito tempo ficou subordinado ao Maranhão, entre os séculos XVII a XVIII. Portugal conquistou sua autoridade sob o território a partir do momento em que criou o Forte do Presépio, em 1616, apesar de fazer parte da Espanha, conforme estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas. Aderiu a independência do Brasil, em 1823. Porém, devido as condições precárias da população, fez surgir o sentimento de que a independência não tinha contribuído para a melhoria da qualidade de vida, assim surgiu a Cabanagem, um movimento que tinha como um dos objetivos, conquistar a independência do Pará. A revolta acabou em 1840, mas ainda sim, o Pará continuou a receber punições do governo e só se reergueu com a descoberta da borracha.

A província do Grão-Pará prevaleceu até 1850, quando surgiram as Províncias do Pará e do Amazonas. A partir da Proclamação da República, se transformaram em estados.

Geografia

O relevo é composto por planície amazônica, depressões e pequenos planaltos. O clima do Pará é o equatorial, quente e úmido, com a ocorrência de chuvas frequentes.

Na vegetação, predomina a floresta amazônica, com a presença da terra firme, onde ocorre o aparecimento das castanheiras e a mata das várzeas, que contribuiu com a economia por meio das extração do látex, pela quantidade de árvores seringueiras. Há em alguns trechos a presença do cerrado, dos campos limpos e dos mangues, no litoral.

Fazem parte do estado, as bacias Amazônica e a do Tocantins. Os principais rios do Pará são o Tapajós, Tocantins, Amazonas, Xingu, Jari e Pará.

Economia

A principal área econômica é o extrativismo mineral e vegetal; há também a pecuária, agricultura, indústria e turismo. A mineração e a pecuária são mais comuns na parte sudeste do Pará. Já a agricultura, se destaca muito no nordeste do estado. Dentre os principais produtos produzidos no estado estão a pimenta-do-reino, o coco e a banana.

Já a indústria está presente, principalmente, na região metropolitana de Belém, sendo um dos segmentos populares o da madeireira.

História do Pará

De acordo com o Tratado de Tordesilhas, a região pertencia à Espanha. Várias expedições espanholas foram realizadas para explorar a área, porém, sua ocupação não foi concluída. Logo, ela foi ocupada por portugueses que para defender sua posse criaram o Forte do Presépio, em 1616, que deu origem ao povoado que hoje é a cidade de Belém. Desde muito tempo, holandeses e ingleses desejavam ocupar a área e estavam em busca das especiarias.

Um dos grandes objetivos dos portugueses era explorar as riquezas do local, extraindo especiarias de alto valor, conhecidas como “drogas do sertão”. Assim, a construção de Belém foi o princípio dessa conquista e aos poucos novas áreas foram ocupadas. Indígenas que lá habitavam foram massacrados, outros escravizados, além disso, lutas diversas foram travadas entre outras nações europeias que desejavam obter esses produtos.

Estado do Maranhão e Grão-Pará

No século XVII, o Pará já fazia parte do Estado do Maranhão - uma unidade administrativa autônoma criada pelo rei Felipe III, formado pelas capitanias do Grão-Pará, Maranhão e Ceará.

Em 1637, o Estado do Maranhão é nomeado de Estado do Maranhão e Grão-Pará, renomeado em 1751 para Estado do Grão-Pará e Maranhão (que correspondia aos estados do Piauí, Maranhão, Amazonas, Roraima, Amapá e Pará). Posteriormente, em 1772, Marquês de Pombal dividiu este território em Estado do Grão-Pará e Rio Negro e Estado do Maranhão e Piauí. Dentro do Grão-Pará, havia sido criada também a capitania de São José do Rio Negro (1755), que se tornaria província do Amazonas, em 1850.

Cabanagem

A principal revolta popular após a Independência do Brasil foi a Cabanagem (1835-1840), cujo desejo da população era ter a independência do Grão-Pará. Esse foi um dos eventos que impactou a história do território. Nesse movimento popular que teve inicio em 1835, foi instaurado um governo do povo na capital, Belém. O movimento foi reprimido, a população foi massacrada e a revolta acabou em 1840.

Criação das Províncias do Pará e do Amazonas

Em 1850, a província do Grão-Pará foi extinta e surgem as Províncias do Pará e do Amazonas, subordinadas ao Estado do Grão-Pará e Rio Negro. Após a proclamação da República, em 1889, se tornaram estados brasileiros.

No fim do século XIX à início do século XX, a borracha representou um dos principais produtos do estado, sendo o período em que a Amazônia passou pelo ciclo da borracha.

Cultura do Pará

A cultura do Pará é rica e assim como todos os outros estados da região norte, tem um destaque maior para o artesanato com joias confeccionadas com produtos da floresta, além de peças inspiradas nos indígenas. Em várias cidades do estado, existem manifestações folclóricas, uma dessas representações é das lendas do Boto e Uirapuru.

Há também outras atrações como o Museu Paraense Emílio Goeldi, muito famoso, e o aquário horto-floresta, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional - IPHAN.

Das festas populares do estado, principalmente na capital, podem-se citar: o Boi-Bumbá, o Círio de Nazaré, o Boi de Reis, o Carimbó e a Marujada.

Na culinária, os pratos típicos consumidos também em toda a região são a Maniçoba, o Caruru Paraense, Pato no Tucupi, Casquinha de Siri, Peixe Moquecado, dentre outros.

Textos produzidos por Stephanie Cristhyne A. da Silva