Rio AmazonasAtravés da geografia da região norte é possível entender as características relativas ao relevo, clima, vegetação, hidrografia, dentre outros aspectos, do norte do Brasil. Possui a maior área regional do país, ocupado, em sua maioria pela floresta amazônica.

Clima do Norte

O clima que predomina na região norte do país é o equatorial. Ele é quente, úmido e marcado por chuvas, que normalmente, surgem no Verão e Outono. Elas acontecem no fim de tarde e são conhecidas como ‘chuvas de hora certa’, chamadas de chuvas de convecção. Elas são formadas por causa da elevação da temperatura que começa no início do dia e depois ameniza com a queda da temperatura e a chuva. É muito afetado pela presença da Floresta Amazônica com temperaturas médias anuais que podem variar entre 24º a 26º C.

Apenas em Roraima e em algumas áreas do Amazonas, são mais frequentes no inverno. Durante o inverno, a friagem, que é a queda brusca de temperatura, aparece em algumas cidades como Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC). Por isso a amplitude térmica (variação entre temperatura mínima e máxima) é baixa.

Vegetação do Norte

Grande parte da cobertura vegetal da região norte é formada pela Floresta Amazônica, a mais famosa floresta tropical do mundo, que ocupa cerca de 90% da região, sendo que nessa porcentagem, não está contabilizada a devastação causada pelo desmatamento.

Sua vegetação está diretamente relacionada com o solo, o relevo e o clima. Assim, há uma biodiversidade muito grande tanto de animais, quanto de vegetais. Porém, mesmo sendo uma área de proteção ambiental, existem muitas espécies que estão em extinção, tais como o peixe-boi-da-amazônia, o macaco-aranha, a onça-pintada, dentre outros, que são afetados pelo desmatamento, a exploração ilegal de animais e de madeira.

Na floresta, as árvores são altas, largas e se entrelaçam umas nas outras, formando a floresta latifoliada equatorial. Os mangues estão presentes, principalmente no litoral, há também os campos de hileia (presentes na ilha do Marajó e em alguns trechos da Amazônia) e o cerrado. Por causa da altitude de seu relevo, sua vegetação é classificada em mata de igapó, mata de várzea, mata de terra firme.

  • Mata de Igapó - floresta presente em áreas mais baixas e por isso tem como característica principal o alagamento do solo, por estar perto dos rios;
  • Mata de Terra Firme - área localizada em terrenos mais elevados e portanto, não sofre com inundações. Nela, pode-se encontrar árvores que atingem 30 metros de altura, como a castanheira;
  • Mata de Várzea - tipo de mata que sofre inundações em alguns períodos. Ela está entre a mata de igapó e terra firme e possui uma variedade de espécies de plantas

Relevo do Norte

O relevo da região norte do Brasil é formado por planícies, planaltos e depressões. Ele está dividido principalmente nas seguintes categorias: Planícies e Terras Baixas Amazônicas, Planalto das Guianas e Planalto Central.

Planícies e Terras Baixas Amazônicas

A Planície Amazônica segue por toda a bacia fluvial e possui altitudes que estão entre 100 a 200 metros acima do nível do mar. Além disso, existem três picos elevados na região, tais como Monte Caburaí; Monte Roraima e o Pico da Neblina. Nessa classificação surgem também outras divisões como os Igapós (são áreas baixas frequentemente inundadas pelas cheias do rio Amazonas), Tesos ou Terraços Fluviais (também chamados de várzeas com altitudes inferiores a 30 metros que inundam em cheias fortes) e Terra Firme (terrenos que atingem altitudes de até 350 metros e, por isso, não sofrem inundações).

Planalto das Guianas

O planalto das Guianas ou escudo das Guianas, está localizado na faixa setentrional do país, ou seja, entre o oceano Atlântico e as planícies amazônicas e o rio Orinoco. É formado por rochas antigas, é nele que estão presentes o pico da Neblina e o pico 31 de março, na serra do Imeri.

Planalto Central

No limite das terras baixas da Amazônia, o Planalto Central aparece. Ele é formado por terrenos cristalinos e sedimentares e está localizado ao sul da região norte. Abrange os estados do Pará, Amazonas, Rondônia e Tocantins.

Hidrografia do Norte

Na hidrografia, por ter uma grande extensão de terras e o clima equatorial, com grande quantidade de chuvas durante o ano, por isso possui uma das mais extensas redes de drenagem. O norte do Brasil possui a maior bacia hidrográfica do mundo, a bacia amazônica. Conheça as principais bacias hidrográficas:

Bacia Amazônica: ela se estende da Cordilheira dos Andes até o oceano Atlântico (na região norte do Brasil), passa pelos países vizinhos como Bolívia, Peru, Equador, Venezuela e Colômbia. É constituída pelo rio Amazonas e seus afluentes. Por causa do tamanho deste rio diversos portos foram criados para abastecer o local, um que se destaca é o de Manaus.

Bacia Tocantins-Araguaia: é a segunda maior bacia hidrográfica do norte do Brasil. No rio Tocantins está localizada uma das maiores hidrelétricas brasileiras, a UHE Tucuruí. Abrange os estados do Pará, Tocantins, Goiás, Maranhão, Mato Grosso e Distrito Federal.

Rio Amazonas

O rio Amazonas, também chamado de ‘rio mar’ é um dos maiores rios do mundo. Suas nascentes vem da cordilheira dos Andes, localizada no Peru. Está localizado nos países da Colômbia, Peru e Brasil. Em sua nascente é nomeado de Vilcanota e vai recebendo outros nomes ao longo de seu percurso. No Brasil, ele começa com o nome de Solimões, depois há o encontro com o rio Negro, perto de Manaus, e a partir daí, até a sua foz recebe o nome de Amazonas.

É formado por vários afluentes, sendo os mais importantes os que estão localizados no Peru que são os rios Huallaga, Pastaza, Ucayali e Napu; e no Brasil, os rios Javari, Purus, Madeira, Tapajós, Xingu, Juruá, Içá, Negro, Japurá, Paru e Jari.

Pororoca

Um dos fenômenos interessantes que acontece na foz do rio Amazonas é a pororoca. Quando ocorre o encontro do rio com o oceano Atlântico, uma onda chega a atingir 5 metros de altura provocada pelo aumento da maré. Os turistas aproveitam para surfar.

Textos produzidos por Stephanie Cristhyne A. da Silva