Embora possa parecer que signifiquem a mesma coisa, é preciso saber diferenciar pesadelo de terror noturno. No pesadelo, é liberada uma descarga autonômica discreta, e no terror noturno essa descarga é muito forte.

Ao analisar as características, o terror noturno é mais intenso. Ao acordar, quem teve pesadelos consegue lembrar o que sonhou e fica orientado, pode no máximo apresentar uma ansiedade maior.

No terror noturno a pessoa não tem lembrança alguma do que sonhou e percebe-se uma confusão mental nela.

Pesadelos

Os pesadelos podem ser explicados como os sonhos ruins, geralmente seguidos do despertar. Neles, as pessoas podem sonhar com diversas situações, mas que causam uma sensação de medo, ansiedade, ameaça à segurança, humilhação, entre outros.

Pode ocorrer da pessoa acordar com o pesadelo, mas ainda voltar a tê-lo após dormir de novo, mas não é comum a emissão de ruídos, como gritos ou gemidos. Quando isso ocorre, geralmente já está no final do pesadelo.

Os pesadelos ocorrem no estágio de sono REM (Movimento de olhos rápidos), o estágio em que o sono é profundo e acontecem os sonhos. As mudanças que ocorrem no corpo são o aumento da frequência cardíaca e respiratória, por isso é comum algumas pessoas acordarem com respiração forte depois de um pesadelo.

Eles podem ser divididos em pesadelos esporádicos e crônicos:

• Os pesadelos esporádicos podem ocorrer em qualquer indivíduo, sem uma frequência exata.
• Os pesadelos crônicos ocorrem com uma certa frequência, e são percebidos em pessoas que sofreram estresse pós-traumático (situação de trauma muito forte). Eles podem ocorrer também quando o indivíduo sofre de abstinência de álcool, drogas e cigarros, como também a interrupção de determinados remédios.

Não se deve confundir pesadelos esporádicos com a síndrome do pesadelo. Na síndrome do pesadelo, ocorre o aumento de pesadelos, mas com risco de se iniciar um surto psicótico.

Terror Noturno

O terror noturno é uma fobia relacionada ao distúrbio do sono mais intenso. A pessoa tem ataques de terror durante o sono, podendo gritar, gemer, se debater e ter ataques violentos, tanto contra ele mesmo contra outras pessoas que estiverem por perto.

Esse distúrbio ocorre durante a fase NREM (Não movimento rápido dos olhos), ou seja, a pessoa não está sonhando no momento e raramente lembra de ter tidos os ataques após acordar.

Como é semelhante ao sonambulismo por causa dos movimentos, algumas pessoas sonâmbulas também sofrem de terror noturno.

As mudanças corporais que ocorrem durante o terror noturno são dilatação da pupila, sudorese, aumento da frequência cardíaca e respiratória e pressão arterial.

Causas do Terror Noturno

Não existem causas comprovadas para o terror noturno, existem alguns fatores que podem ser facilitadores para o distúrbio, como estresse, ansiedade extrema e conflitos no consciente e subconsciente. Em crianças, acredita-se que fatores emocionais, febre e presença em eventos traumáticos possam representar uma forte tendência ao distúrbio.

Tratamento do Terror Noturno

As primeiras atitudes a serem feitas é tentar tranquilizar quem sofre do distúrbio, diminuindo o nível de estresse que a pessoa sofre e melhorando os fatores externos. Regular o tempo de sono e diminuir a ingestão de alimentos gordurosos são algumas das atitudes que podem ajudar a controlar o distúrbio.

Não há como afirmar que os medicamentos solucionam, mas sabe-se que a terapia é essencial. A combinação dos dois pode ajudar no tratamento. Cabe ao médico responsável saber o que é realmente necessário para o paciente. Com o tempo de terapia e cuidados antes de dormir, a tendência é que os ataques noturnos diminuam.