Fogos ArtifícioOs fogos de artifício são bastante utilizados em diversas culturas. No mundo inteiro, é possível encontrar nos céus o espetáculo de cores que os fogos nos proporcionam. Por incrível que pareça, eles já foram sensação não só no céu, mas também na internet. Nos recados de aniversário, recados em site de relacionamentos, Orkut, eles marcavam presença.

Fogos de artifício servem para várias ocasiões. Nos jogos da Copa do Mundo – pelo menos no Brasil – a cada gol da seleção canarinho, um motivo para acender os fogos de todos os tipos. Quanto aos jogos do Flamengo, nem se fala. Os fanáticos torcedores rubro-negros se alegram tanto, que até uma partida normal do Campeonato Brasileiro merece a presença dos fogos de artifício.

Mas as ocasiões mais comuns em que esses elementos são usados, são nas famosas festas de São João ou festas juninas. Hoje, parece que toda festividade não podem faltar fogos. As lojas lucram nessas datas, que envolvem também o Natal, o réveillon, festa de casamento, shows, etc.

Apesar da beleza oferecida por eles, devem ser tomados certos cuidados. Saber onde e quando soltar os fogos é extremamente importante. É comum ouvir dizer que os fogos causam incêndio, é fato. Caso não sejam adquiridas as precauções necessárias, alguém pode parar no hospital.

O Corpo de Bombeiros costuma dar dicas sobre a utilização de fogos. Em muitos desses produtos geralmente não vêm escritas as instruções de como usar. Outros, nem passam pelo crivo do Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial (INMETRO). Portanto, todo cuidado é pouco. Informe-se sobre os fogos e, depois de todos os processos de segurança acertados, divirta-se.

Origem dos Fogos de Artifício

A origem dos fogos artificio não tem uma data certa. Há várias especulações de que os foguetes pirotécnicos tenham tido seu início na Ásia; porém, a pólvora – que é um dos componentes dos fogos de artifício, bombas e outros – foi inventada na China, há aproximadamente 2000 anos. Na época da dinastia Han, os alquimistas, por acidente, descobriram a pólvora. Hoje, ela faz parte dos foguetes pirotécnicos, bem como armas de fogo, canhões, mísseis e outros materiais bélicos.

Antes da chegada deles na Europa, a pirotecnia passou pelos indianos por muito tempo. Também passou pelos árabes e gregos. Os sábios das arábias eram conhecedores dos elementos que compõem os fogos de artifício. Mas ainda não existiam os foguetes, era uma tecnologia que apresentava possivelmente apenas poucas cores, pois se utilizava o nitrato de potássio.

A criação desses fogos foi um marco na evolução e na história da química. Com o avanço dos estudos químicos, os cientistas descobriram novos elementos; como, por exemplo, quando Lavoisier estabeleceu a teoria de que os ácidos continham oxigênio. Numa busca em cima de tal teoria, outro estudioso, Claude Louis Berthollet, observou que, quando se aqueciam as novas substâncias, a temperatura delas se elevava exponencialmente.

Os pesquisadores, ao longo de seus vários estudos, descobriram que cada átomo liberava uma cor distinta. Essas cores eram o laranja, o verde, o vermelho, o azul e o púrpura; porém, eles não tinham muita duração, muito menos suas cores eram vibrantes. Isso mudou com a utilização de novos elementos na fabricação dos fogos como: o magnésio, o alumínio e o titânio.

Depois de várias experimentações com os ácidos e oxigênio, houve um desastre. Diversas pessoas morreram com as tentativas dos cientistas Lavoisier e Berthollet. Eles trabalhavam com a uma substância chamada de clorato de potássio, descoberta por Louis Berthollet, após estudos baseados na teoria de Lavoisier.

Com o desenvolvimento dos fogos de artifício, bem como a descoberta das cores, fez com que os foguetes pirotécnicos ganhassem lugar nas oficinas, onde se produziam os fogos. Mas eles se não mostravam apenas bonitos. A pirotecnia se tornou violenta, fazendo várias vítimas, que chegaram a perder membros do corpo por causa dos fogos. Então, em alguns países o uso dos fogos de artifício foi proibido.

A tecnologia e a química conseguiram, em seu desenvolvimento, proporcionar um show de explosões. É claro que hoje em dia são bem mais seguros e fazem menos vítimas. Atualmente, existem diversos tipos de fogos de artifícios. Eles conseguem formar figuras no céu. São nomes, formas como, por exemplo, os efeitos de uma cascata. Existem vários tipos de fogos, como os foguetes, que, mirados ao céu formam cores, figuras e são bem barulhentos. São também os chamados buscapé, rojões, serpente de faraó, roda de Catarina, etc. Os rojões são um tipo de fogo de artifício que vem com grandes quantidades de pólvora. Eles apresentam um enorme efeito sonoro e são comuns nas festas juninas e jogos de futebol.

Na Bahia, principalmente nas cidades de São João e Cruz das Almas, é comum a utilização dos fogos de artifício nas datas festivas. A famosa guerra das espadas ou luta das espadas, consiste em usar os foguetes, feitos artesanalmente em zonas rurais. Com um bambu, pólvora e outros elementos, fazem as 'espadas'. Quem gosta de brincar nesse evento, usa roupas e óculos especiais por causa do poder destrutivo das engenhocas.

Na região nordeste, a fama dos fogos de artifício já se propagou pelas unidades federativas. As cidades começaram a aderir à guerra das espadas. No estado do Sergipe, no município de Lagarto, antes da comemoração da festa junina, é comum acontecer a manifestação folclórica chamada de Cilibrina. Ela consiste em festas com a presença de zabumbas e a queima de fogos.

É fato que os fogos de artifício causam muitos problemas. Mas também existem diversos locais onde há a queima e ocorre tudo bem. Na República Checa, acontece um evento chamado de Ignis Brunesis. Esse festival consiste na disputa entre fabricantes de fogos de artifício e são sincronizados com as canções tocadas nas rádios locais. A festa atrai muita gente e acontece entre os meses de maio e junho.

Geralmente, a guerra das espadas, que acontece no nordeste brasileiro, deixa vários feridos todo ano. Os veículos de comunicação costumam mostrar as estatísticas, que não trazem índices positivos. O Ministério da Saúde já registrou cerca de 200 vítimas em apenas um festival desse cunho, a saber, no estado da Bahia. Esses fogos podem causar tragédias e incêndios.

Classificação dos Fogos

A utilização dos fogos de artifício está presente no fim do ano na praia, nas comemorações de um gol ou aniversário. Atualmente, apresentam diversas cores que, ao longo do tempo, foram aprimoradas por pesquisadores e fabricantes desse produto. Mas o que mais chama a atenção neles são suas cores e formas.

Existem diversos fogos de artifícios e eles se classificam em vários tipos, quanto às cores, classe ou efeitos. Eles são divididos em quatro classes, quanto ao tipo: A, B, C e D.

Classe A

Os fogos classificados na categoria A são aqueles que apresentam os fogos de vista, mas que não apresentam o estrondo. Existem outros da classe A que possuem pequenos barulhos. Eles só podem conter, no máximo, 0,2 g de pólvora. São utilizados em balões pirotécnicos, bombinhas, etc. Os de classe A podem ser usados por crianças que tenham idade superior a 12 anos, desde que estejam sendo supervisionadas por um responsável maior de idade.

Classe B

Os fogos classificados como categoria B são os de artifício que apresentam os estrondos e assobios. Eles podem conter no máximo entre 0,21 e 0,25 gramas de pólvora. Alguns exemplos de fogos da classe B são: morteirinhos de jardim, serpentes voadoras e outros.

Classe C

Os fogos de artifício classificados na categoria C apresentam estampido (estrondo) e assobios. Neles, podem conter, no mínimo 0,25 g e no máximo, seis gramas de pólvora em cada bomba. De acordo com um regulamento da lei, o R-105, os fogos da classe C não podem ser adquiridos por menores de idade e a queima desses fogos precisa de autorização legal do governo, em que serão designados o local e a hora, no caso de festa pública. Será sujeito à autorização em qualquer lugar. Os foguetes com ou sem flecha, os rojões com ou sem vara, entre outros, fazem parte da classe C.

Classe D

Os da classe D são os fogos com estampido. São os de qualquer tipo, contendo mais de seis gramas de pólvora. Normalmente, esses fogos possuem mais de três polegadas. Utiliza-se em peças pirotécnicas. Eles são presos por estruturas especiais usadas nesse tipo de espetáculo.

Cores dos Fogos

Fogos ColoridosAntigamente, os fogos de artifícios já apresentavam suas cores; porém, elas não eram tão vivas como as de hoje. Através de um efeito chamado de luminescência, é que são produzidas as cores deles. Por meio da química, pode-se explicar esse fenômeno.

Quando os elétrons recebem energia, eles são excitados, ou seja, são promovidos para uma camada de energia mais elevada. A quantidade de energia deles é precisa e não é possível de ser acumulada; por isso, o elétron volta para o nível mais estável, o menos enérgico. No momento em que acontece a passagem, há uma liberação de energia absorvida, mas agora em forma de (fóton) luz. Para que haja diferentes colorações, é necessário conhecer os minerais responsáveis por tal fenômeno.

As cores amareladas dos fogos são responsáveis pela presença do sódio, constante na soda cáustica, no sal e outros, em contato com a mistura explosiva. Quando surgem as cores avermelhadas, significa que junto à mistura, tem-se a presença do elemento químico lítio, usado hoje na fabricação de baterias e outros objetos.

As cores esverdeadas dos explosivos resultam no uso do elemento químico, bário, usado para veneno de rato ou até mesmo na fabricação de tijolo. O potássio, utilizado muito pelo ser humano em sua alimentação. Está presente nas hortaliças e na água salgada. Apresenta as cores azuladas ou púrpuras. O magnésio, quando misturado aos componentes explosivos, forma as cores brancas ou prateadas. O elemento é utilizado em flashes fotográficos e granadas de luz.

Quando os fogos apresentam as cores esverdeadas, também pode-se atribuir o fenômeno a um elemento químico, cobre. Ele é bastante usado em ligações elétricas, sendo ótimo condutor de energia. Outro que mostra cores avermelhadas ao explodir é o estrôncio. O uso dele está presente em lâmpadas fluorescentes e em outros locais.

O cálcio, presente nos ossos do ser humano, em relação aos fogos de artifícios, representa as cores amareladas. O alumínio, assim como o magnésio, apresenta uma cor branca; porém, não apresenta tonalidades prateadas. O ferro, na mistura com o explosivo, libera a cor dourada.

Como Funcionam os Fogos?

Os foguetes pirotécnicos ou fogos de artifício são explosivos compostos por um pavio, que inicia a combustão. Por intermédio dessa, os foguetes sobem até uma certa altura, depois estouram com muita intensidade. O uso deles é comum em festas juninas, réveillon, Natal, jogos de futebol, casamentos e comemorações afins.

Não é complicado entender o funcionamento dessas engenhocas. Segundo informações do site HowStuffWorks Brasil, os fogos de artifícios possuem alguns componentes básicos. As chamadas conchas são feitas de pólvora negra ou cintilante; normalmente, envoltos em tubos de papelão e com um pavio. Os fogos são formados por uma espécie de concha, que é desmembrada em quatro partes. É um recipiente com fomato de cilindro, as esferas, o explosivo e o pavio.

Dentro do recipiente cilíndrico, passa o explosivo, ligado a um barbante, na parte central. Os explosivos são responsáveis por impulsionar o foguete. Em volta do explosivo, está a pólvora negra, juntamente com as estrelinhas, essas, que geram faíscas brilhosas e acendem rapidamente e com facilidade. As estrelas vêm em diversos tamanhos e a queima delas resulta nos desenhos formados pelos fogos. A explosão é a responsável por jogá-las para várias direções.

Nas conchas simples, acende-se o pavio. Quando ele começa a queimar no interior do recipiente cilíndrico, acende o explosivo que passa na parte interna, ocasionando a explosão. No momento da explosão, atinge as estrelas formando os efeitos.

Já nas conchas múltiplas, é o mesmo mecanismo das simples, mas com várias conchas em uma só ou com várias seções, sem utilizar outras conchas. Elas são acesas por pavios distintos, sendo a explosão de uma, responsável por acender a outra. As múltiplas produzem mais efeitos que as simples.

Fogos Indoor

Existe uma classe de fogos, chamada de fogos indoor ou fogos frios. Na fabricação desses, não se utiliza a pólvora. Eles foram feitos para dar a beleza, sem que o acesso seja restrito, podendo ser usado em ambientes fechados. A tecnologia dos indoors não produz fumaça e tampouco cheiro. Porém, não se deve confiar muito por causa do nome 'fogos frios': uma vez que são fogos, portanto, são quentes.

Os fogos frios possuem uma tecnologia interessante. Quando entram em combustão e em contato com o oxigênio, ocorre uma rápida perda de calorias. Eles são muito usados para shows, inaugurações, peças de teatro e diversos shows pirotécnicos. No mercado, são comuns as cores: azuis, prateados, dourados, verdes, amarelos, vermelhos e ciano, uma mistura das cores azul e verde, no sistema de RGB (Red Green Blue).

Os fogos indoors ou fogos frios, assim como os demais explosivos de artifício, possuem vários efeitos. O efeito cascata dura entre 10 e 30 segundos, superando a altura dos quatro metros. Outro desenho fornecido por esse tipo de fogo de artifício são os chamados Gerbs. Eles têm o efeito parecido com de algumas velas de aniversário, que duram aproximadamente de 0,5 a 30 segundos.

O Silver Jet é outro modelo dos fogos indoors. Eles consistem num desenho semelhante ao de um vulcão em erupção com um forte jato. Muito comum em shows, os Silver Jet passam dos quatro metros de altura. Em forma de cogumelo de fumaça branca e também superando os 4 metros, os Smoke Puf têm efeito instantâneo.

Um outro exemplo de fogos frios é o Airburst. O indoor, Airburst, é caracterizado por um um círculo, em que divergem estrelas coloridas ou prateadas. Seu efeito é parecido com um curto-circuito. Com uma luminescência prateada, os Rockets servem para acionar outros tipos de efeitos, além de percorrer distâncias em altas velocidades.

O Flame se caracteriza por um efeito semelhante a de uma chama de vela. Chega a cerca de seis metros de altura e é também bastante usado em shows. O Saxon apresenta um efeito circular, dividido em duas etapas, que duram 30 segundos. Em 15 segundos, gira num sentido; nos outros 15, gira no oposto.

Como Usar Fogos?

Homem Soltando FogosBrincar com fogo não é uma coisa muito boa, pois ele traz danos ao ser humano e, principalmente, ao meio ambiente. Com os fogos de artifício não é diferente. Eles são capazes de mutilar um ser humano, como também causar incêndios e destruição em massa. Na China, um espetáculo de fogos foi capaz de queimar um hotel, no noroeste do país. Portanto, é aconselhável que sejam adotadas as medidas necessárias de segurança.

Abaixo, seguem algumas precauções em relação ao manuseio dos fogos de artifício:

  • Primeiramente, é necessário encontrar uma loja especializada nesses tipos de produto. É importante olhar na embalagem e ver se os fogos têm o requisito de faixa etária, pois existem certos tipos de fogos que menores de 18 anos não podem soltar;
  • É muito importante seguir as instruções das embalagens. Acidentes são comuns com pessoas que não utilizam os fogos de forma correta;
  • Procure um local aberto, não os solte em ambientes fechados, nem próximos às redes de eletricidades. Perto de residências também não é aconselhável;
  • Não utilize fogos em locais onde há perigo de incêndio;
  • Jamais solte os foguetes ou bombas dentro de canos, caixas de esgoto, recipientes de vidro e afins;
  • Se for soltar fogos, não beba;
  • Caso estiver com pessoas próximas, peça-as para que se afastem e nunca solte em direção a ninguém;
  • É aconselhável contratar profissionais especializados em fogos de artifício;
  • Nunca deixe os fogos próximos ao corpo, nem perto de fogões, cigarro, crianças e isqueiros;
  • Deve-se utilizar uma base característica para cada tipo de foguete;
  • Caso o produto falhe, não tente reutilizá-lo. Jogue água no pavio para a segurança.

Legislação dos Fogos

As leis referentes à fabricação e ao uso dos fogos de artifícios são bem rígidas. De acordo com Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) há a definição de algumas normas para os comerciantes desse produto.

A nomenclatura deve estar de acordo, tanto por dentro quanto por fora nas embalagens. Também deve conter o nome do responsável técnico e o número do registro do Conselho Regional de Química. Outra coisa é que, nos rótulos, tem que conter as instruções necessárias para o uso do produto, bem como a distância de segurança dos usuários, efeito principal e o número de tiros do foguete.

Além disso, o nome da empresa é essencial, como também o local onde foi fabricado com a data de fabricação e validade. É imprescindível o número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, o peso bruto e líquido e o número de registro do produto no Exército. A embalagem não pode estar suja, nem amassada, deformada ou com rasgos. Essas informações são para auxiliar o consumidor na hora da compra e estão previstas no Código de Proteção e Defesa do Consumidor.

Dependendo da situação, o fabricante, no caso de um acidente com os fogos, pode responder por homicídio culposo – em que não há intenção de matar. Em alguns lugares, os fogos de artifício foram proibidos, salvos em grandes eventos, por causa da destruição causada por eles.

Vários fabricantes são reprovados nos testes feitos pelo INMETRO. Muitas vezes, não atendem à todas as medidas de segurança. Isso pode trazer graves consequências. Por isso, o Corpo de Bombeiros alerta sempre acerca dos cuidados necessários para a utilização. Por exemplo, os balões se tornaram crime.

Os balões entram na lei dos Crimes Ambientais. A Lei Nº 9.065, de fevereiro de 1998, diz que: soltar, fabricar, comercializar ou até mesmo transportá-los é considerado crime. A pena prevista para quem solta os balões é de detenção de um a três anos, como também uma multa, podendo ser penalizado das duas formas. A utilização dos balões, que era muito comum em festas juninas, foi erradicada, devido ao prejuízo causado ao meio ambiente, ao ser humano e à aviação.

Para o fabricante ou vendedor dos fogos de artifício, a não regulamentação dos produtos cai no crivo do artigo 16, Parágrafo Único, Inciso III da Lei 10.823/03, também conhecido como o estatuto do desarmamento. O artigo 16 do estatuto prevê uma pena – reclusão de três a seis anos, e multa. No inciso III, diz que sofre a pena quem possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar.

Textos produzidos por Douglas R. B. Furtado

Revisados por Cristiana Chieffi Albuquerque