Desenvolvimento Embrionários Ouriço MarO desenvolvimento embrionário acontece com os seres vivos desde o momento da fecundação, quando o gameta masculino penetra o feminino, até o momento da chegada de um novo ser.

Quando ocorre a fecundação do óvulo, ele passa a se chamar zigoto que, posteriormente, sofrerá modificações ou passará por fases, até o seu nascimento. No geral, as fases conhecidas desse desenvolvimento são segmentação, gastrulação e organogênese. Mas, em alguns casos, mesmo com ausência de fecundação, alguns organismos conseguem dar início a esse processo (exemplo disso são óvulos de ouriços-do-mar, óvulos de rãs, etc.). A área da Biologia que estuda esse desenvolvimento é a Embriologia.

Fases do Desenvolvimento

A forma mais comum de reprodução dos animais é a sexuada, onde eles passam por um ciclo de reprodução, a partir da união de duas células haplóides: o gameta feminino (óvulo) e o gameta masculino (espermatozoide). Com essa união nasce o zigoto diploide, carregado de material genético dos gametas. A partir daí, inicia-se as fases do desenvolvimento.

Segmentação

Quando ocorre a ativação do zigoto, ele passa por uma série de divisões (clivagem), dando origem a novas células, conhecidas como blastômetros, e, posteriormente, a um grupo de células, cujo estágio é chamado de mórula. Depois ocorre o aumento das células e o surgimento de uma cavidade interna com líquido, processo conhecido como blástula. Nessa fase, o tamanho do embrião continua o mesmo. Além disso, o tipo da segmentação irá variar de acordo com o vitelo no zigoto.

*vitelo - reserva de nutrientes presente nas células do óvulo para alimentação do embrião.

Gastrulação

Nesta fase, as células continuam aumentando, formando folhetos germinativos ou embrionários que darão origem aos tecidos e órgãos do organismo. Assim, todos os animais que são mais complexos são capazes de formar dois ou três folhetos, que são ectoderma (forma os tecidos superficiais como pele e sistema nervoso), mesoderme e endoderme (formam a região interna e dão origem aos músculos e órgãos).

Animais Diblásticos e Triblásticos

Dependendo da quantidade de folhetos, os animais podem ser classificados como diblásticos (com dois folhetos: ectoderme e endoderme), um exemplo disso, são os cnidários; ou triblásticos (com três folhetos: endoderme, mesoderme e ectoderme), como os animais do filo dos cordados.

Animais Protostômios e Deuterostômios

Na gastrulação, há também a formação do blastóporo, um orifício que irá fazer a comunicação do interior do organismo com o exterior. Assim, surgem os protostômios, que são animais, cujo blastóporo, forma a boca inicialmente, e depois o ânus. Exemplo de filo estão o dos artrópodes e anelídeos. Já os deuterostômios, o blastóporo dá origem apenas ao ânus inicialmente e depois a boca. Exemplo são os animais dos filos dos equinodermos e cordados.

Organogênese

É a terceira fase do desenvolvimento e é nela que ocorre a diferenciação dos órgãos, ou seja, formação do tubo neural, do tubo digestório, dos somitos (blocos celulares localizados no dorso do embrião de forma lateral) e da notocorda (estrutura presente abaixo do tubo neural) a partir dos folículos criados durante a gastrulação. A mesoderme, produzida na etapa anterior, dá origem a cavidades chamadas de celomas.

Animais Acelomados, Pseudocelomados e Celomados

Quando a mesoderme cresce e ocupa os outros folhetos, dá origem a animais com corpo maciço. Esses animais não possuem celomas e, portanto são chamados de acelomados.

Já os pseudocelomados, são aqueles animais que formam uma cavidade preenchida por um líquido chamada pseudoceloma, que está entre a mesoderme e a endoderme, onde estão presentes os órgãos do animal. Exemplo disso são as lombrigas.

Os animais celomados são aqueles em que a cavidade corporal é conhecida como cela, revestida pela mesoderme. Todos os animais do filo dos cordados são assim e também os animais dos filos dos anelídeos, moluscos, artrópodes e equinodermos.

A partir desta última fase, o crescimento irá ser diferente de acordo com a espécie animal observada.

Características Embrionárias Animais

Textos produzidos por Stephanie Cristhyne A. da Silva