Em dias quentes, quando a temperatura parece insuportável, principalmente nas ruas movimentadas, a vontade é de chegar em um lugar fresquinho e tranquilo. O ventilador se tornou uma grande necessidade e surgiu com o intuito de refrescar e oferecer conforto.
Por isso, é tão comum o seu uso para amenizar essa terrível sensação de calor, ainda mais no Brasil, onde a maioria das regiões registra altas temperaturas quase o ano inteiro.
Existem diversos tipos de ventiladores, que atendem a todos os objetivos, gostos e estilos. Mas, de todas as opções, o ventilador de teto é um dos mais eficientes, pois ventila igualmente todo o ambiente, tem uma grande potência, não ocupa espaço e além de tudo, pode fazer parte da decoração.
Mas mesmo sabendo de suas características básicas, ainda surgem muitas dúvidas na hora de comprar, seja em relação ao material, quantidade de pás, instalação, preços, cuidados no dia a dia, balanceamento, manutenção, controle remoto, decoração, etc.
O primeiro ventilador mecânico foi feito por leques presos por uma haste, que se moviam de acordo com as roldanas, por volta de 1880, nos EUA. E em 1882, Philip H. Diehl inventou o ventilador de teto: os primeiros modelos eram feitos com pás de latão, mas não se podia confiar em sua segurança. Porém, com os avanços industriais, o metal pôde ser produzido em série, facilitando a produção, aumentando a qualidade e a segurança.
No Brasil, somente a partir da década de 70, o ventilador vetoriano ganhou grande popularidade e todas as empresas fabricaram praticamente o mesmo modelo. Mas, com o passar do tempo, novos designs foram sendo desenvolvidos e recentemente o designer brasileiro. Guto Indio da Costa criou o ventilador “Spirit” (inspirado no avião Spirit of Saint Louis). É o modelo mais vendido atualmente, possui apenas duas pás, um design sofisticado, de variadas cores e é 30% mais eficaz do que o ventilador vetoriano.
Outra invenção foi o ventilador sem pás, denominado como “Air Multiplier”, desenvolvido por James Dyson. Seu mecanismo é semelhante aos de motores a jato. Há um anel, por onde passa um fluxo de ar, que é responsável por impulsionar e multiplicar a força desse fluxo. Uma corrente de ar é formada pela pressão, que puxa o ar da frente e de trás do ventilador. Mas esse novo modelo ainda não chegou ao Brasil.
Para instalar um ventilador, é fundamental ter o manual do produto, pois cada marca e modelo têm um modo diferente de instalação. Mas existem algumas dicas básicas que servem para todos.
Importante: o melhor local para instalar é no centro do ambiente, onde normalmente fica o ponto de luz, facilitando todo o processo e tornando o local mais regular.
Para começar, é importante ter em mãos:
Se o ventilador tiver lustre com um soquete, é melhor utilizar lâmpadas de até 60W; se houver mais de um soquete, lâmpadas de até 120W.
Para que o ventilador fique bem balanceado, certifique-se de que os parafusos localizados nas pás e nas garras estão bem apertados. Outra medida importante é medir a distância da ponta de uma pá até o teto (utilize uma trena rígida) e de acordo com essa medida, ajuste as outras pás através das garras, para que todas fiquem iguais. Para fazer esse ajuste, basta inclinar a pá um pouco para cima ou para baixo e apertar os parafusos.
O motor do ventilador é o elétrico com corrente alternada, utilizado na maioria dos eletrodomésticos. Ele transforma a energia elétrica em energia mecânica, ou seja, faz com que as pás girem. Esse ato de converter a energia é realizado por um gerador. Para que as “pás girem”, existe o “rotor” e é preciso um torque (momento) para iniciar o giro, que é reproduzido por forças magnéticas. As forças de atração ou de repulsão, quando são desenvolvidas entre rotor e estator, fazem com que os pólos móveis do rotor sejam puxados ou empurrados, produzindo os torques.
Dicas
Dentre todas as opções, o ventilador de teto é o único que não ocupa espaço, indicado tanto para ambientes pequenos, como grandes, pois alcança locais onde o ventilador de mesa ou de coluna não alcançam. Além disso, tem um baixo consumo energético e possui duas formas de funcionamento: como sopradores que sopram o ar de forma que resfrie o ambiente e também como exaustores, que apenas circulam o ar no local.
Normalmente, quanto maior o número de pás, maior também o fluxo de ar. Porém, quanto menor o número de pás, maior a velocidade de giro. Mas nem sempre isso é regra, pois considera-se a potência do motor, o peso e a aerodinâmica.
Esse critério muitas vezes é decidido pela decoração, mas existem alguns fatores que podem influenciar. Os ventiladores de aço são mais pesados, podem correr o risco de oxidar e tendem a fazer barulhos depois de um tempo de uso. Eles são mais indicados para ambientes industriais e comerciais. Os de madeira também são mais pesados, mas nem por isso perdem a qualidade. Os de plástico podem ser mais vantajosos, pois a maioria possui pás com um formato aerodinâmico,tornando-os mais eficientes e com um custo mais baixo.
É possível encontrar ventiladores de diversos preços, desde R$100,00 a R$1000,00, tudo depende da qualidade, design, funcionalidades, garantia, marca etc. Mas, às vezes, um ventilador mais barato pode te oferecer as mesmas funcionalidades de um mais caro. O ideal é fazer uma pesquisa de preço e das marcas mais conhecidas, principalmente as que possuem assistência técnica em sua cidade, pois caso surja algum problema técnico, é muito mais fácil de solucionar.
Textos produzidos por Laisa Agostini Vinhas
Revisado por Leticia Maciel e Cristiana Chieffi