RelevoAs formas de relevo mais comuns no Brasil são os planaltos e as planícies. Os acidentes geográficos do país, em comparação a outras nações, são medianos: o ponto mais alto é o Pico da Neblina, com 2993,78 metros de altitude, seguido do Pico 31 de março, com 2972,66 metros. O restante se encontra entre 200 e 600 metros e uma pequena porção de área montanhosa, que excede os 900 metros.

Pode-se considerar tamanho médio para os picos e montanhas brasileiras, uma vez que eles chegam a, no máximo, 3000 metros – valor aproximado. No estado do Alasca, nos Estados Unidos, existem montanhas com mais de seis mil metros.

Planaltos

Os planaltos brasileiros se subdividem em: planalto central, planalto meridional: tange parte da região Sudeste e parte do Centro-Oeste. O planalto nordestino, o planalto do Maranhão-Piauí e o escudo sul-riograndense.

O planalto brasileiro tem altitudes que variam entre 300 e 900 metros. Ele apresenta um conjunto de acidentes: morros, serras, colinas e chapadas. Os planaltos são divididos em três categorias: meridional, central e atlântico. As principais formações são a Serra da Mantiqueira , a Serra do Mar e a Serra Geral, medem em torno de 1.200 metros. Picos também se formam em meio a esses altos e baixos, tais como: o Pico das Agulhas Negras (2.971 metros), na Serra da Mantiqueira e Pico Maior de Friburgo (2.232 metros).

Na parte central do Brasil, existe um planalto formado por um grande platô (área plana), que abrange os estados do Goiás, Minas Gerais; em parte, o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul. É comum encontrar rochas cristalinas que, segundo os cientistas, é herança do período Pré- Cambriano. Nos relevos de planalto central, algumas feições se desenvolvem; uma delas, as chapadas são as mais evidentes.

A chapada dos Veadeiros, dos Guimarães, o Espigão Mestre e outros formam o planalto central: dos mencionados, o Espigão Mestre serve como divisor das águas do rio São Francisco e do rio Tocantins.

Nas regiões sudeste e centro-oeste do Brasil e nos locais banhados pelo rio Paraná, Uruguai e no sul do país, onde se situa a maior parte desse relevo. Um de suas caracteírsicas são as formações rochosas: basalto (rochas vulcânicas) e arenito. Nos planaltos meridionais encontra-se a terra roxa: solo castanho-avermelhado, fértil, de origem vulcânica. Está diretamente ligado a decomposição do basalto na região.

O Nordeste apresenta baixas altitudes, entre 200 e 600 metros. Serras e chapadas sedimentares dividem o relevo nordestino. Em destaque, o Planalto da Borborema, região montanhosa que envolve os estados de Alagoas, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba. A serra do Baturité também faz parte do planalto nordestino e se localiza ao norte do Ceará.

Estão no litoral brasileiro, as maiores altitudes do país. Integram o escudo atlântico, esses antigos desdobramentos geográficos ultrapassam os 1000 metros. A serra do Mar, da Mantiqueira, do Espinhaço, a chapada Diamantina e Caparaó ou Chibata; aliás, onde está o Pico da Bandeira, um dos maiores picos do Brasil, com 2.890 metros de altitude.

O conjunto de serras do Rio Grande do Sul é conhecido, também, como Escudo-sul-riograndense. É composto por uma vegetação chamada de coxilha – vegetação rasteira. Se localiza na região sudeste do estado do Rio Grande do Sul. O relevo alcança altitudes de no máximo 500 metros.

Planícies

As grandes extensões de terreno plano, também conhecidos como campinas e esplanada, o relevo das planícies se subdivide em três áreas: planície amazônica, planície litorânea e do pantanal mato-grossense.

A planície amazônica é constituída por várzeas, tesos ou terraços fluviais e os baixos-platôs. As várzeas são formações que se desenvolvem às margens dos rios.No estado do Amazonas, corre paralelo ao rio Amazonas; e as regiões desse tipo de relevo sofrem inundações que ajudam na recomposição do solo. Os tesos são pequenos montes que não passam de 30 metros. E, por fim, os platôs ou terras firmes, que não sofrem inundações.

No pantanal mato-grossense, está a planície do pantanal, onde se tem os terrenos quaternários (períodos da era cenozoica). Banhada pelo rio Paraguai e os afluentes, fica passível de inundações anuais.

Em regiões litorâneas do Brasil, as planícies e terras baixas costeiras completam, desde o Amapá até o Rio Grande do Sul. Elas têm o formato de tabuleiros e as baixadas mais conhecidas são a Fluminense, Santista, Ribeira de Iguape e Paranaguá. Também ocorrem dunas, restingas, manguezais e outras formações, na região litorânea.

As depressões que ficam abaixo do nível do mar são chamadas de absolutas. No estado de São Paulo, existe relevo de depressão; porém, é considerada relativa porque está acima do nível. Essa forma de relevo completa o cenário brasileiro, composto por planaltos, planícies e depressões.

Textos produzidos por Douglas R. B. Furtado