Nau ÂncoraApós tentativas de cortar o cordão umbilical entre a colônia e a metrópole, o Brasil só teve êxito em 1822, com a proclamação da Independência. Manifestações como a Inconfidência Mineira (1789), tentaram estabelecer um estado livre da opressão que Portugal impunha a colônia. D. João VI desenvolveu o Rio de Janeiro com a criação do Banco do Brasil, a Imprensa Nacional, além de dar liberdade ao comércio.

O rei trouxe consigo sua frota, que se tornou o primeiro corpo de fuzileiros navais do Brasil. A liberdade industrial chegou junto com a corte portuguesa. O príncipe-regente proibiu a manufatura dos recursos naturais: ouro, prata, seda, lã, algodão e etc. A colônia começou a se estruturar com as novas medidas do governo português.

Em 1815, o Brasil deixa de ser colônia e foi elevado a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Ganhou uma nova capital (Rio de Janeiro), substituiu-se Salvador, e as capitanias foram divididas em províncias. O então príncipe-regente se tornou o rei D. João VI. A decisão de tornar a colônia em reino foi tomada no Congresso de Viena.

O Brasil se tornou Brasil Império após a proclamação Independência, em 1822. A Família Real foi embora em 1821; porém, D. Pedro I decidiu ficar. No dia 7 de setembro de 1822, às margens serenas do rio Ipiranga, deu-se o grito oficial: “Independência ou morte”. Essa data foi a oficial e o Primeiro Reinado começou e perdurou até 1831.

Depois de batalhas travadas contra tropas portuguesas que ainda estavam por aqui, a independência foi consumada. Dois anos após, em 1824, houve a materialização da primeira Constituição Imperial: Constituição Brasileira de 1824.

Em Assembleia Geral Constituinte e Legislativa do Império do Brasil, os líderes políticos, em conjunto com o imperador, decidiram criar leis contra os abusos vindos de todas as partes: sociedade, monarca e políticos. A Carta Magna do Brasil foi baseada nas constituições norte-americana e francesa. E a independência do Brasil foi reconhecida por Portugal em 1825.

Nesse contexto, o Brasil passava por uma crise econômica. O sistema de governo estava estruturado e era composto pelo imperador, Câmara dos Deputados e Senado. Perdeu-se espaço no mercado internacional, foi necessário pedir empréstimo para os bancos estrangeiros, para o financiamento da Guerra da Cisplatina e como consequência, a falência do Banco do Brasil.

Dom João VI, então rei de Portugal, veio a óbito. Seu filho, D. Pedro I, foi proclamado rei. Então, D. Pedro I, para evitar uma possível recolonização do Brasil, abdicou o reino de Portugal. Porém, no Brasil, as manifestações de rua inflamaram. Brasileiros e portugueses se enfrentavam e com isso, a popularidade do imperador caía gradativamente. Em 7 de abril de 1831, D. Pedro I deixa o trono para seu filho: D. Pedro de Alcântara, que tinha cinco anos.

Período Regencial

Pedro de Alcântara foi aclamado imperador do Brasil com seus cinco anos. Porém, a legislação de 1824 prevê que: na falta de um monarca apto para governar o país, escolhe-se uma regência trina, ou seja, três pessoas conduzirão o país. Bráulio Muniz, Costa Carvalho e Chico Regência, governaram por três anos. Foi então que o Ministro da Justiça Padre Diogo Feijó, estabeleceu, mediante o Ato Adicional, que a regência trina passasse a regência una. Feijó foi eleito e permaneceu um ano, mas eram muitas as revoltas da população. Então, Pedro de Araújo Lima, o marquês de Olinda, sucedeu o padre.

Segundo Reinado

Em 1847, o imperador D. Pedro II, criou o Conselho de Ministros, o que descentralizaria o poder do imperador, que ficou apenas com o poder Moderador. No Brasil, a política aplicada era o Parlamentarismo “às avessas”, uma vez que seria a aplicação do parlamentarismo britânico; todavia, com a hierarquia trocada.

A economia que estava caminhando para a falência, quando deu uma reviravolta. O Brasil havia perdido espaço no mercado, mas o resgatou com o cultivo do café. Com a abolição da escravatura (1888), faltou mão de obra para as lavouras. Abriu-se o espaço para os imigrantes italianos, alemães e portugueses, que contribuíram para o desenvolvimento econômico do país.

Dom Pedro II atuava com a política da intermediação. Havia dois partidos: liberais e conservadores; no entanto, o imperador dava um jeito de favorecer as duas frentes políticas. Também conseguia barganhar com a classe agrária, o que o sustentava no poder. E os movimentos republicanos começavam a aparecer, aos poucos, devido à melhoria das políticas sociais.

Um marco da história do Brasil foi a Guerra do Paraguai, em 1864. Um conflito pesado entre Argentina, Brasil e Uruguai contra o Paraguai, que queria saída para o mar, por causa das políticas de Solano López, presidente do país. Enfim, o Brasil estava em desvantagem terrena, mas pelo mar, tinha certa vantagem pelo tamanho do litoral.

A Guerra do Paraguai levou praticamente todos os fundos do Brasil. Foi preciso fazer empréstimos, o que prejudicou a economia do país. Os movimentos republicanos ganharam corpo, ainda mais depois dessa guerra que quebrou o Brasil. Revoltadas, as pessoas do pró-república, lideradas pelo Marechal Deodoro da Fonseca, em 15 de novembro de 1889, deram um golpe militar e Proclamaram a República no Brasil. E, assim, decretou-se o fim da monarquia brasileira.

Textos produzidos por Douglas R. B. Furtado

Revisados por Cristiana Chieffi Albuquerque