Os servos ou camponeses eram a maior parcela da população e estavam subordinados aos senhores feudais, devendo-lhes o pagamento de taxas e tributos. Além deles, os pequenos artesãos também faziam parte das pessoas que deviam favores aos senhores e, portanto, não eram livres, sendo que suas atividades eram a de prestar serviços nos mosteiros ou castelos e também na reserva.
Um fato interessante é o de que não poderiam se casar sem a permissão do senhor e muito menos sair do domínio senhorial. Os únicos considerados livres dessas obrigações eram os colonos.
A relação estabelecida entre uma pessoa mais poderosa com outro nobre. Esse sistema político estava baseado na suserania e na vassalagem. O rei era um dos mais poderosos suseranos e seu poder se estendia por várias regiões. Já os senhores feudais eram vassalos e tinham grande poder político. O suserano dava proteção, terras para o vassalo, oferecia apoio jurídico e militar. Já o vassalo tinha o dever de ser fiel, auxiliar no trabalho militar do suserano, no trabalho e estar presente nos Tribunais, quando solicitado.
Havia um contrato chamado feudo-vassálico para firmar esta relação entre eles, devendo passar por uma cerimônia em que havia a homenagem, o juramento de fidelidade e a investidura.
Na homenagem, o vassalo deveria se ajoelhar, estar de cabeça descoberta e sem armas. Além disso, para indicar a sua subordinação, ele ficava de mãos juntas entre as dos suserano. Após isso, ele se tornava o ‘homem do senhor’ e estava submetido à autoridade do suserano. No juramento de fidelidade, ele se comprometia e jurava fidelidade ao suserano colocando as mãos na Bíblia ou em relíquias de santos e, a partir daí, deveriam oferecer apoio e dar conselhos militares. Por último, na investidura, era dado um objeto ao vassalo que representava esta relação e garantia a proteção futura, podendo também, o feudo ser repassado para as futuras gerações.
É a obrigação dos servos hospedar os senhores feudais. Isso acontecia, principalmente, quando ocorriam guerras ou durante viagens. Quando se hospedavam, os servos deveriam dar toda a atenção para os senhores, inclusive, parando suas atividades.
Valor a ser pago pelos servos para que pudessem usar instalações do feudo ou instrumentos. Exemplo disso, pode ser o celeiro, o forno, etc.
Quantia que deveria ser paga pelos vilões aos nobres.
Também conhecida como corveia real, era a obrigação dos servos de trabalhar para seu senhor, sendo que todas as produções realizadas eram dos donos das terras, por exemplo, construir muros, realizar plantio e colheitas, limpar moinhos, dentre outros.
Corresponde aos 10% da produção dos servos que deveria ser concedido à igreja, para auxiliar em sua manutenção.
Foi uma obrigação dos servos de pagar uma taxa por casarem com mulheres de outros feudos. Se não fosse realizado o pagamento, o casamento não seria válido e este servo seria penalizado.
É o pagamento realizado pelo filho de um camponês para viver no feudo após a morte do pai.
Pagamento realizado pelos servos e vilões para que tivessem direito ao julgamento no Tribunal.
De toda sua produção, os servos deveriam reservar a metade para os senhores feudais.
Textos produzidos por Stephanie Cristhyne A. da Silva