Traje MedievalAs invasões bárbaras marcam o início da Idade Média. Eles eram povos que estavam separados por tribos, viviam fora dos domínios do Império Romano, e portanto, não tiveram contato com a cultura greco-romana. Eles foram os responsáveis por dominar a parte ocidental do Império Romano, pois devido ao crescimento de sua população estavam em busca de terreno fértil, riquezas e outros benefícios característicos da região do Império.

Dentre as tribos que dominaram a parte ocidental do Império estão:

  • Anglo-Saxões: ocuparam a Grã-Bretanha (atual Inglaterra);
  • Burgúndios: ocuparam o sudoeste da França;
  • Francos: ocuparam a região em que atualmente está localizada a França (foram os responsáveis pela criação do Reino Franco);
  • Ostrogodos: se instalaram onde é encontrada a atual Itália;
  • Lombardos: localizados no norte da Itália;
  • Suevos: ocuparam Portugal.

A invasão ao Império Romano

No início, os romanos e bárbaros sobreviviam juntos, de modo pacífico, tanto é que, muitos deles trabalhavam para o exército romano. Após o século IV e também quando houve um crescimento na população de germânicos, as invasões se tornaram constantes, principalmente, porque estavam em busca de terras e das riquezas que Roma possuía. Além disso, houve o enfraquecimento do Império. Outro motivo para esta invasão foi a pressão exercida pelo Hunos, um povo extremamente violento e cruel, que desejava dominar os bárbaros.

Com essas invasões, a cultura romana se fundiu a germânica, impactando as áreas política, econômica e artística ao longo da Idade Média.

Sociedade Bárbara

Os germânicos se agrupavam em tribos, sendo a base delas a família. Haviam reuniões dessas famílias, que originavam clãs. O grupo desses clãs era chamado de tribo. As principais decisões tomadas por esses povos aconteciam na Assembleia dos Guerreiros, cujo principal líder, era um Rei, que tinha o poder e era selecionado pelos membros da assembleia. Durante a guerra, era firmado uma relação de fidelidade entre chefe militar e jovens guerreiros, conhecido como Comitatus.

Os germânicos estavam divididos entre nobreza, que eram os donos de grandes quantidades de terras e líderes políticos; os homens livres, pequenos proprietários e guerreiros; e, homens não livres, pessoas que foram presas em guerras e que estavam subordinados à terra, vivendo como servos.

Moravam em aldeias rurais com habitações construídas com galhos e barro e por meio de batalhas, conquistavam riquezas e alimentos. Nas guerras importantes, o guerreiro que mais se destacava se tornava o líder militar.

Economia baseada na Agricultura

Um dos principais motores da economia era a agricultura. Os bárbaros, sobreviviam por meio do cultivo de ervilha, cevada, trigo, além dos cuidados com o gado para extrair leite e produtos como couro e carne. A produção era realizada em propriedades privadas e coletivas e também as trocas e comércio entre romanos nas fronteiras eram uma opção.

Religião Politeísta

Na religião, esse povo acreditava na existência de diversos deuses (politeísta) que se manifestavam por meio das forças da natureza. Um dos principais era Odin, o deus do vento e da guerra. E, ainda, acreditavam na vida após a morte e no paraíso, local em que os guerreiros mortos descansariam.

Textos produzidos por Stephanie Cristhyne A. da Silva