Guerreiro MedievalPara contextualizar, em 286, o Imperador Diocleciano dividiu o Império Romano, em Ocidente, cuja capital estava na cidade de Roma, e Oriente, com capital na antiga colônia grega conhecida por Bizâncio. Essa divisão foi feita para facilitar a administração do império.

O Imperador Constantino, o Grande, em 330, transferiu a capital de Roma para Bizâncio, sendo posteriormente, chamada de Constantinopla. Novamente, com a morte do Imperador Teodósio, em 395, o império foi dividido definitivamente em Oriente e Ocidente.

Durante o reinado de Teodósio II, os Hunos tentaram invadir a capital e, o imperador, foi o responsável por frear essa invasão oferecendo-lhes uma grande quantidade de ouro ao líder, Átila.

O Império do Ocidente entrou em declínio com as invasões bárbaras, finalizando em 476 d.C. Mas, o Império Romano do Oriente prevaleceu, sendo chamado de Império Bizantino. Apenas com a tomada de Constantinopla, pelos turcos otomanos, sua queda ocorreu em 1453. Vários imperadores comandaram o oriente, sendo um dos principais Justiniano, O Grande.

O Apogeu do Império Bizantino: Reinado de Justiniano

O Imperador Justiniano I, O Grande, foi um dos mais populares do período. Em seu reinado (527-565), procurou restabelecer a magnitude do antigo Império Romano. Além disso, ele tinha grande preocupação com a religião e seu desejo era controlar a Igreja e unificá-la, por isso, perseguiu pagãos, judeus e pessoas que faziam parte de heresias. Dentre os principais acontecimentos que cercaram o período estão a Revolta de Nika, a Reconstituição do Império e a criação do corpo do Direito Civil.

Reconstituição do Império

Justiniano procurou reconstruir o Império Romano do Ocidente, na parte Norte da África, Espanha e Itália, das áreas dominadas pelos bárbaros.

Revolta de Nika

Essa revolta surgiu por causa da insatisfação da população com a cobrança de impostos e também a pobreza. Só teve fim, a partir, de uma massacre que matou seus manifestantes.

Corpo do Direito Civil

O Corpo do Direito Civil (Corpus Juris Civilis) foi uma legislação criada por Justiniano formado por Código, Digesto, Institutas e Novelas. No Código eram realizadas as revisões das leis romanas, no Digesto, era o sumário feito pelos juristas, as Institutas, era um tipo de manual para estudantes de Direito e as Novelas significavam a reunião das leis que foram criadas.

Religião

O povo bizantino era extremamente engajado nas questões religiosas. Dentre as discussões, por exemplo, estava a iconoclastia, um movimento que contestava a adoração de ícones e imagens santas. Elas eram consideradas por esse movimento, ídolos, e essa veneração era chamada de idolatria. Outro crença era a do monofisismo, uma tese que acreditava apenas na natureza divina de Jesus Cristo. Isso encerrava a questão de que Cristo seria de natureza humana e divina.

Grande Cisma do Oriente

Foi o momento em que a Igreja se dividiu em Igreja Católica do Ocidente e do Oriente, em 1054. Ambas passaram a apoiar suas próprias doutrinas. As principais razões para essa divisão ocorreu por fatores políticos e religiosos.

Cesaropapismo

Era a relação entre a Igreja e o Estado que prevaleceu em países que cristãos. Nesse caso, o imperador seria o chefe de Estado e também a principal autoridade em assuntos religiosos. No império bizantino, por exemplo, esse fenômeno se fortaleceu, onde o imperador nomeava os papas e líderes de outros cargos da Igreja. Um dos maiores exemplos, o imperador Justianiano I.

Arte Bizantina

Os principais elementos da arte, durante o império bizantino, estava na arquitetura com construções de fortalezas, igrejas, palácios e mosteiros. As cúpulas eram muito utilizadas nessas edificações. Um dos exemplos belíssimos de construção no reinado de Justiniano, foi a Igreja de Santa Sofia. Na pintura, pode-se citar a produção de ícones, afrescos e miniaturas, em que prevaleciam os temas religiosos. Além disso, os mosaicos foram importantes expressões de arte. Os artistas utilizavam pedaços de pedra para criar figuras tais como do imperador ou de temas religiosos e as colavam nas paredes.

Declínio do Império Bizantino

Quando o imperador Justiniano morreu, o reino começou a declinar, principalmente, por causa das invasões dos árabes entre os séculos VII e VIII. Durante o império bizantino, a cultura do islamismo se espalhou pela Europa, principalmente, entre os séculos 661 e 750. Essa expansão foi impedida apenas em 732, por Carlos Martel, na Batalha de Poitiers.

O império não resistiu e em 1453, os turcos otomanos conquistaram a cidade de Constantinopla.

Textos produzidos por Stephanie Cristhyne A. da Silva