Poucas pessoas na Idade Média tinham acesso à educação, ou seja, apenas os nobres e seus filhos estudavam. Além disso, a população era formada em sua maioria pelos servos e estes não tinha acesso à livros, sendo, portanto, analfabetos. O sistema educacional era de responsabilidade da igreja que possuía escolas paroquiais, universidades e mosteiros.
Os clérigos eram responsáveis por lecionar e levavam aos seus alunos as sete artes liberais que são geografia, retórica, lógica, gramática, música, aritmética e astronomia. Além dessas artes, o conteúdo era fornecido em latim e ainda aprendiam sobre assuntos religiosos e também estratégias de guerra.
Outro fato importante, foi o surgimento das universidades medievais, aproximadamente no século XII. Haviam quatros áreas a serem estudadas pelos alunos que costumavam pesquisar, realizar debates e reflexões sobre temas como Artes, Direito, Teologia e Medicina. Inicialmente, apenas os nobres tinha acesso ao ensino, mas posteriormente, com o aparecimento da burguesia, essa classe começou a ter acesso ao estudo por meio das universidades e escolas.
Embora alguns renascentistas considerem que este período tenha sido fraco na educação, ainda sim, ajudou no desenvolvimento das áreas científicas e filosóficas de outros períodos da história. Na filosofia, surgiu a escolástica, uma corrente cujos principais pensadores foram Alberto Magno e Tomás de Aquino, com o intuito de unir a religião e a razão.
Escolástica: corrente filosófica criada durante a Idade Média, que prevaleceu principalmente durante os séculos XI e XIV, e que fazia relação entre a razão e a fé. Aproximadamente no século XVII perderia sua força por causa do surgimento da filosofia moderna.
Já na área científica, um dos cientistas populares deste período foi Roger Bacon (1214-1294) considerado o primeiro a sugerir o uso da lente em óculos, em seus estudos sobre refração de luz. Ele auxiliou na correção do Calendário Juliano, defendeu que experimentar e observar deveriam ser uma das regras para os estudos científico; e, contribuiu com os estudos para a produção de pólvora.
Eram aquelas localizadas próximo à catedrais e mosteiros. Elas realizavam o ensino em latim dos temas religiosos. Inicialmente, a educação era privilégio apenas dos monges, durante a Alta Idade Média, mas depois tornou-se uma das atividades importantes para instruir novos seguidores. À princípio, essas escolas eram um dos principais lugares onde se concentrava a cultura do período. Obras eram traduzidas para o latim e as suas bibliotecas abrigavam documentos com os principais assuntos da cultura grega e latina.
Inicialmente, o ensino era realizado, pelo clero. Porém, no decorrer dos sećulos, surgiu uma nova classe social, chamada burguesia e também há o renascimento urbano. Assim, essa classe procurou estudos práticos. Aproximadamente no século XII, surgiram escolas com professores escolhidas por autoridades municipais, que eram os professores leigos. O latim foi substituído, e conhecimentos como ciências naturais, geografia e história passaram a ser priorizados. No século XIII, houve a separação entre os burgueses ricos e os pequenos comerciantes e artesãos, sendo que o primeiro passou a ter uma educação mais voltada para os nobres e os outros, tiveram acesso a escolas onde a leitura e escrita era reduzida.
As universidades da Idade Média era um modelo diferente de educação durante o período e foi essencial para o desenvolvimento do conhecimento. Essa universidade não é como as da atualidade, mas qualquer profissão poderia ser uma instituição de ensino, tais como sapateiros, marceneiros, dentre outros. Por causa do seu crescimento e relevância, reis e a Igreja começaram a disputar para dominá-las. Perderam força no século XIV.
Textos produzidos por Stephanie Cristhyne A. da Silva