A música foi um dos elementos que marcou o período, mas inicialmente, sofreu muita influência da Igreja. Porém, ela se desenvolveu abrindo espaço para a música popular, criada por trovadores e menestréis (tipos de poetas). Além disso, vários instrumentos musicais que existem atualmente vieram deste período.

Por muito tempo, a música foi transmitida de forma oral, mas por volta do século IX, o italiano Guido d'Arezzo, um monge criou uma pauta com quatro linhas e também o sistema silábico que nomeia a escala musical: DÓ, RE, MI, FA, SOL, LÁ e SI. Os principais tipos de música durante a Idade Média eram a música monofônica e polifônica.

Música Monofônica

Quando surgiram as músicas sacras e profanas só tinham uma melodia. O canto gregoriano é um exemplo de música monofônica. Ela não possuía acompanhamento e eram cantadas no estilo antífona ou responsorial. Instrumentos usados para cantá-la eram: saltério, rebeca, cometo, cistre, harpa, órgão e viela.

Canto Gregoriano

O canto gregoriano ou cantochão era um tipo de música antiga produzida pelo Papa Gregório I, que a definiu como um padrão que todos os cristãos católicos deveriam seguir na Europa. O som era executado por vozes masculinas, sendo um estilo precursor dos corais. Esse modelo foi sofrendo modificações, sendo substituído pelo sistema de notação com linhas, um deles foi criado pelo monge Guido d'Arezzo.

Música Polifônica

Eram composições feitas com várias vozes. Elas surgiram no fim da Idade Média, tendo seu ápice no século XV. Eram formadas por duas ou mais melodias que tinham um nome de organum.

Outros tipos de música que surgiram ao longo do período:

• Música modal - música criada a partir de modos musicais. Foi usada, principalmente, em festas populares e folclóricas durante a Idade Média;
• Ars antiqua - tipo de músicas desenvolvido entre os séculos IX e XIII, especialmente na França, por compositores da Escola de Notre-Dame, localizada em Paris;
• Ars nova - tipo de notação musical que predominou no século XIII. Ele deu origem ao estilo musical de mesmo nome que prevaleceu no século XIV;
• Himnodias e salmodias - tem origem na música judaica e helênica. As salmodias eram cantos baseados nos salmos da Bíblia. Já as himnodias era cantos de hinos novos, sem acompanhamento e cantados em única linha melódica;
• Escola de notre-dame - músicas criadas por compositores de Paris, entre os séculos XII e XIII, dedicados à música sacra polifônica;
• Música profana - tipo de música que tem relação com as tradições dos povos e não com a religiosidade, portanto, não eram música sagradas. Existiam canções sátira e amorosas que surgiram a partir de poemas de trovadores. Essas músicas influenciaram bastante a literatura durante o reinado de Carlos Magno.

Instrumentos Musicais

Os principais instrumentos utilizados durante a Idade Média eram viela de arco, flauta transversal, harpa, percussão, cornamusa, flauta reta, flauta transversal, viela de roda ou symphonia, alaúde, flauta dupla, saltério, rabeca, portativo, pandeireta italiana, cítara, flauta e tambor.

Canto no Império Bizantino

Durante o império, aproximadamente em 400 d.C., surgiu a prática de castrar jovens cantores, para que os tons musicais deles fossem semelhantes ao de mulheres, pois elas não poderiam participar dos coros. Esses jovens eram chamados de Castrato.

Música e Dança

Várias músicas e danças surgiram entre os séculos XII e XIII, no qual poetas, trovadores e os músicos do sul da Itália e França se apresentavam. Nas festas, diversas danças, como estampie, que é sapateado, o saltarello, uma dança saltitante, além de danças de roda, eram dançadas ao som da música.

Compositores Medievais

Os mais importantes compositores durante a Idade Média, pode-se citar Guido de Arezzo, Johannes Ockeghem, Hildegarda de Bingen, Leonin, John Dustable, Johannes Ockeghem, dentre outros.