Branca Neve Sete AnõesEra uma vez... num reino bem distante, havia um rei, uma rainha e sua filhinha. Branca de Neve era a criança mais bonita do reino. Sua pele era branca como a neve, seus lábios vermelhos como uma rosa e seus cabelos pretos como o ébano. 

Um dia, a rainha amanheceu muito doente e morreu. O rei, muito triste e sentindo-se sozinho, casou-se novamente. O que ninguém imaginava era que a nova rainha era uma feiticeira maligna, invejosa e vaidosa. Ela tinha um espelho mágico e todos os dias lhe perguntava:

- Espelho, espelho meu. Existe alguém no mundo mais bela do que eu?

- Não minha rainha, tu és a mais bela de todas as mulheres.

E a cada dia que se passava, Branca de Neve crescia e ficava mais bela e meiga. Todos do reino gostavam muito da princesa, apenas uma pessoa não gostava dela: a rainha, pois tinha medo que Branca ficasse mais bonita do que ela. Depois da morte do rei, a princesa era obrigada pela rainha a vestir-se com trapos velhos e a trabalhar na limpeza e arrumação do castelo. Branca de Neve passava seus dias lavando, limpando, passando e esfregando, porém por possuir um bom coração não reclamava. Em um belo dia, como de costume, a rainha foi até o espelho e lhe perguntou:

- Espelho, espelho meu! Existe alguém no mundo mais bela do que eu?

- Sim minha rainha. És Branca de Neve a mais bela do reino.

A rainha muito furiosa por Branca de Neve ter lhe roubado o lugar de mais bela, mandou chamar imediatamente o seu mais bravo caçador, ordenou-lhe que matasse a princesa e trouxesse seu coração em uma caixa. Na manhã seguinte, o caçador convidou a princesa para fazer um passeio na florestas. E lhe disse:

- Princesa, a rainha ordenou que eu a matasse, mas eu não posso fazer isso. Eu vi vossa majestade crescer e também sempre fui leal ao seu pai.

- A rainha?! Mas, porque? O que foi que eu fiz? - indagou a princesa preocupada.

- Infelizmente eu não sei lhe dizer princesa, mas não vou obedecer as ordens da rainha. Fuja e não volte ao castelo, porque ela é capaz de querer matá-la!

Branca de Neve, muito assustada e chorando, correu pela floresta sem saber para onde ir. O caçador para enganar a rainha, matou uma gazela, colocou seu coração em uma caixa e a entregou. A rainha ficou muito feliz, pois acreditou que sua enteada estava morta. Anoiteceu e Branca de Neve ainda vagava pela floresta em busca de um abrigo, quando se deparou com uma linda casinha. Era pequena, porém muito acolhedora. Aparentava ser habitada por crianças, pois tudo que havia dentro da casa era pequeno. A casa estava muito bagunçada e suja, Branca de Neve resolveu então lavar as louças, as roupas, arrumou a sala e varreu a casa. No andar de cima, havia um quarto com sete caminhas, uma do lado da outra. A princesa já exausta do dia que teve, juntou todas as camas, deitou-se e dormiu.

Os donos da casinha simpática eram sete anões que viviam na floresta. Ao voltarem para casa se assustaram ao ver que ela estava toda arrumada e limpa. Os setes anões preocupados com o que poderia ter acontecido olharam a casa toda, e ao chegar ao quarto ficaram espantados ao ver que em suas camas um bela jovem repousava. Eles então começaram a falar entre eles, todos querendo saber quem era aquela moça e o que ela fazia ali. Com o barulho de sete anõezinhos falando e gesticulando, Branca de Neve despertou. Ela se apresentou aos anões, falando quem era e o que fazia na floresta, comovidos, convidaram a princesa para morar com eles. Ela muito grata, contou uma linda história para eles, que logo se afeiçoaram a ela.

O tempo passou e um dia a rainha resolveu perguntar novamente ao seu espelho se havia alguém mais belo do que ela. E ele respondeu que a Branca de Neve ainda era mais bela do que ela. Furiosa, a rainha preparou uma poção venenosa e a colocou em uma maça. Por ser uma feiticeira, transformou-se numa velhinha toda mal vestida e foi em busca da Branca de Neve.

- Apenas uma mordida nesta maçã e Branca de Neve dormirá para sempre, Hahaha! - gargalhou a bruxa.

No dia seguinte, os setes anões saíram para trabalhar, deixando Branca de Neve sozinha em casa. A bruxa esperou os anõezinhos se afastarem da casa, para que ela pudesse executar seu plano maligno. A velhinha se aproximou da janela da cozinha e a princesa lhe ofereceu um copo de água. Conversaram e antes da velhinha ir embora. Ela ofereceu a maçã envenenada.

- Coma essa maçã, minha filha, fará muito bem a você - disse a bruxa.

Inocente a Branca de Neve mordeu a maçã e logo caiu desmaiada no chão. Os animais alertaram os anões relatando o que havia acontecido. Quando chegaram a rainha estava fugindo. Na fuga ela acabou cainho num penhasco e morreu. Quando os anões chegaram Branca de Neve estava no chão como se estivesse dormindo.

Eles a pegaram e colocaram-na num lindo caixão de cristal, em uma clareira na floresta. Ficaram ali noites e dias esperando que ela acordasse. Um dia chegou a clareira um príncipe que vivia no reino vizinho, assim que viu a linda princesa no caixão de cristal, se apaixonou. Triste por ter chegado tarde de mais o príncipe lhe dá um último beijo de amor.

O feitiço se rompeu e Branca de Neve acordou, cuspiu o pedaço da maçã que estava em sua garganta. Quando a princesa viu o príncipe se apaixonou imediatamente por ele. Branca de Neve se despediu de seus amiguinhos anões e partiu junto com o príncipe. Eles foram morar em um lindo castelo, onde se casaram e viveram felizes para sempre. 

Fim

Irmãos Grimm

Textos produzidos por Patrícia Aline Pereira da Silva, Lorena Rodrigues dos Santos Pereira e Aline Gonçalves de Oliveira.

Revisado por Cristiana Chieffi.