Existem várias formas de tratamento para doenças físicas, mentais e psicológicas, e a Terapia Ocupacional é uma área da saúde que utiliza diversas atividades, possibilitando ao paciente alcançar funcionalidade e independência.
A Terapia Ocupacional abrange diversos tipos de problemas e pacientes, desde crianças hiperativas, com déficit de atenção, problemas de relacionamento, nervosismo, pacientes portadores de síndromes, doença mental, integração sensorial, incapacidade cognitiva, problemas comportamentais, problemas físicos, psicológicos, dependentes químicos, idosos que se sentem incapazes, entre muitos outros. Acredita-se que a ocupação é um forma de trabalhar a mente de acordo com aquilo que ela precisa.
Conheça em nosso site o que é a Terapia Ocupacional, sua história, modelos, áreas de abordagem e universidades que possuem graduação em T.O.
A Terapia Ocupacional é uma área da saúde, que tem como objetivo, realizar tratamentos através de atividades que possibilitem o paciente alcançar o nível máximo de funcionalidade e independência, ou seja, a recuperação em sua totalidade.
Os tratamentos são relacionados às necessidades terapêuticas, pessoais, sociais e culturais do paciente. A função de um profissional dessa área, é facilitar tudo aquilo que ameace a funcionalidade do homem. São muitos os que necessitam de terapia ocupacional, por isso a importância de um terapeuta em escolas, nas regulares e principalmente nas especiais, em creches, hospitais psiquiátricos, centros clínicos e cirúrgicos, empresas, asilos, locais de reabilitação química, centros de recuperação nutricional, etc.
A terapia ocupacional é ainda mais utilizada para casos de doenças mentais e deficiências físicas, pois o trabalho ajuda o paciente a se tornar ativo, útil e responsável, transformando a idéia de “improdutivo”. Segundo Jean Étienne Esquirol, “O trabalho é um estimulante geral, com ele distraímos a atenção do doente da sua doença, fixamos a sua atenção em coisas razoáveis, tornamos a dar-lhe hábitos de ordem, estimulamos sua inteligência e, com isso, recuperamos muitos desses desafortunados”.
As civilizações clássicas já usavam as atividades como meio de tratamento, tanto para o corpo como para a mente, pois observavam que "ocupar" uma pessoa com atividades corretas, facilitava sua recuperação e a auxiliava no alcance de mais funcionalidade, porém não era conhecida como Terapia Ocupacional, nem haviam tantos estudos em torno do assunto.
Philippe Pinel, um médico psiquiatra francês, ao ver os resultados de algumas experiências em asilos e com pacientes portadores de doenças mentais, dedicou-se ao estudos dessas doenças e à formulação de um método de tratamento, de onde surgiu o fundamento da atual "Terapia Ocupacional". Após a Revolução Francesa, Pinel se tornou diretor de um hospício, e se deparou com doentes acorrentados, presos e com camisas-de-força. Não concordando com a situação, libertou todos e os ocupou com tarefas dentro do hospital, como trabalhos na cozinha, jardinagem, recuperação de espaços e outros tipos de trabalhos manuais.
A idéia era manter os doentes longe de suas ideias doentias, estimular seus interesses, transferir a atenção para o mundo ao redor, proporcionando alternativas de ocupação e métodos de pensar sadios e naturais. Em 1915, surgiu a primeira escola de formação na profissão, em Chicago, e em 1951 a Federação Mundial de Terapia Ocupacional.
Há indícios de Terapia Ocupacional no Brasil por volta de 1854 no Hospício Pedro II, com a introdução de oficinas de sapataria, mercenaria, alfaiataria, florista, entre outras. Em 1903, Juliano Moreiro se tornou o diretor do Serviço de Assistência Psiquiátrica, com trabalhos que tinham o intuito de ajudar e beneficiar os doentes. Um dos primeiros passos, foi a criação de uma colônia para mulheres em Engenho de Dentro, para que a terapia através do trabalho passasse a ser executada de uma forma mais extensa. Um tempo depois, foi criada a Colônia Juliano Moreira, em Jacarépaguá, onde o tratamento através do trabalho ganhou um impulso ainda maior.
A profissão foi regulamentada no Brasil em 13 de Outubro de 1969, pelo decreto-lei n° 938.
A musicoterapia é uma espécie de tratamento que usa a música para reduzir os problemas mentais e emocionais. Essa ciência teve início no século XX após a Segunda Guerra em que diversos músicos passaram a cantar em hospitais para os soldados veteranos. A partir disso, os médicos começaram a observar que as canções influenciavam na melhora do paciente. Em 1972 foi criado o primeiro curso na área, no Conservatório Brasileiro de Música.
As pessoas formadas nessa área trabalham como musicoterapeuta e utilizam processo usando o ritmo, músicas e canções. A música é um instrumento que ajuda no trabalho, pois grande parte da população se identifica com uma canção em algum período de sua vida.A musicoterapia ajuda no tratamento de diversas doenças como câncer e fibromialgia.
Tem o objetivo de habilitar o paciente a desempenhar papéis ocupacionais de forma satisfatória de acordo com o desenvolvimento de cada um. Papéis ocupacionais são todos aqueles que levamos à durante a vida, como o de ser estudante, filho, pai, mãe, etc.
Proporciona a recuperação através do ensinamento que o paciente recebe, para compensar os défices subjacentes que não podem ser remediados. Esse modelo estabelece que a compensação pode ser uma forma de recuperar a independência, e que a motivação para o aumento da autonomia não deve ser separada dos subsistemas evolutivos e de habituação.
Diferente da reabilitação, esse modelo é destinado à adaptação as capacidades do doente através de atividades utilizadas para a diminuição da dificuldade, limitações e amplitude do movimento.
A incapacidade cognitiva é uma restrição fisiológica obtida por uma capacidade menor ou nula do processamento de determinada informação no cérebro, produzindo limitações no comportamento e nos movimentos. Esse modelo tem o objetivo de ensinar o paciente a desempenhar certas tarefas que se tornaram restritas.
A idéia desse modelo consiste na aprendizagem como base de todos os comportamentos de uma pessoa, portanto, o objetivo é o desenvolvimento de estratégias que intervenham em mudanças comportamentais específicas observadas no paciente, de tal maneira que comprometam suas capacidades funcionais, ou de integração com a sociedade e o meio em que vive.
Esse tipo de modelo é mais utilizado por pacientes com Paralisia Cerebral e AVC, mas o objetivo não é ensinar padrões normais de desenvolvimento, mas sim a recuperação do cérebro e das zonas que foram lesadas.
O indivíduo é um sistema aberto que evolui, e passa por desenvolvimento e mudanças através da interação com o ambiente externo, e possui uma urgência de exploração. O Modelo de Ocupação Humana proporciona formas de ocupação ao paciente que o levam a ter novas experiências e mudanças de comportamento, e se preocupa também com a forma que o indivíduo está motivado para suas ocupações.
Nesse modelo acredita-se que a aprendizagem é baseada nas experiências sensório-motoras, que dependem da capacidade de cada um de receber informações sensoriais originadas da interação do corpo com o meio ambiente. Para pessoas que possuem uma certa limitação, desenvolve-se um processo que integra essas informações no sistema nervoso central, para posteriormente conseguir utilizá-las de forma organizada e adaptada.
Esse tipo de modelo visa tanto a quantidade como a qualidade dos movimentos proporcionados ao indivíduo, para que haja a busca de um equilíbrio modulado, dando assim, a resposta de acordo com suas capacidades e com o meio, melhorando o desempenho no processo de aprendizagem.
É durante a infância que o sistema psicomotor passa por um rigoroso desenvolvimento e a terapia ocupacional simula experiências de aprendizagem para cada tipo de déficit. Como existem diversas fases de crescimento da criança, o terapeuta identifica quais as capacidades que precisam ser adquiridas em determinada idade e o que precisa ser estimulado no paciente.
A forma mais frequente de se trabalhar com crianças é a partir de jogos e atividades lúdicas, pois promove, com mais facilidade e rapidez, a aprendizagem e o desenvolvimento de competências para o desempenho de atividades ocupacionais.
A abordagem sensório-motor usa como ferramenta o estímulo sensorial, com o objetivo de promover o desenvolvimento motor, que provoca a resposta motora. A terapia ocupacional utiliza técnicas específicas nesse tipo de abordagem para a modificação de determinados comportamentos incorretos, desajustados, e também como defesa sensorial ou pela necessidade de um certo tipo de estimulação.
Muitas vezes, crianças e adolescentes precisam de uma certa "ajudinha" para a percepção de determinado tipo de estímulo sensorial. Isso ocorre pela interpretação errada que o sistema nervoso central traz dos estímulos, podendo torná-las hipernsíveis à estímulos que são agradáveis, e/ou uma tolerância muito grande para os mais agressivos. O trabalho do terapeuta quando bem desenvolvido, pode proporcionar diferentes estímulos à criança, sejam táteis, olfativos ou proprioceptivos, com o intuito de desenvolver a interpretação certa aos estímulos presentes no ambiente em que se vive.
Para problemas cognitivos-comportamentais, os terapeutas possuem a função de ensinar, modelar comportamentos funcionais e adaptados, e introduzi-los na vida das crianças e adolescentes. A Terapia Ocupacional é importantíssima na vida de crianças que possuem determinado tipo de limitação, seja a nível psicomotor, deficiências, síndromes, problemas de saúde mental, e tudo aquilo que impossibilita um bom desempenho ocupacional. É na infância que a assistência precisa ser iniciada, e quanto mais jovem, maior a facilidade para aprender. É importante lembrar que em tratamentos com crianças, a participação da família e de professores é fundamental.
Durante a fase adulta, o indivíduo desempenha vários papéis na sociedade e dentro de casa, é uma fase produtiva, e a partir dessa "produção" se tem os rendimentos necessários para se viver.
Porém, um adulto com certo tipo de patologia ou incapacidade parece gerar maiores dificuldades, pois afeta o seu desempenho ocupacional em áreas que antes eram normais e bem desenvoldidas, ou caso o problema venha da infância, o indivíduo já carrega há muito tempo esse sentimento de "incapacidade", gerando um desequilíbrio no núcleo familiar, nas relações afetivas, emocionais, sociais e enconômicas.
Em determinados casos, o tratamento com adultos foca na reabilitação de capacidades, com o objetivo de proporcionar o máximo de independência funcional. É muito mais difícil para pessoas mais velhas que sempre se viraram sozinhas, ter que depender de alguém para fazer as coisas, e isso não se limita à problemas físicos.
O objetivo é fazer uma intervenção que possibilite a recuperação, reabilitação ou maximização. Mas como, infelizmente, nem sempre é possível retornar ao papel de antes, o terapeuta precisa auxiliar o paciente a se adaptar à nova condição.
Por causa do envelhecimento, as alterações no organismo se tornam maiores e há um declínio das funções dos órgaos. A desorganização estrututal é progressiva e nessa fase da vida as doenças surgem com mais frequência, gerando certos graus de incapacidade.
O idoso, além de passar por alterações fisiológicas e cognitivas, passa também por alterações psicossociais, os papéis que antes desempenhava não são mais possíveis.
Portanto, por causa de tantas mudanças, o tratamento para idosos normalmente é acompanhado por um método e uma equipe multidisciplinar, para que se adaptem da melhor forma possível à tudo, não perdendo a capacidade e autonomia.
Em muitos casos, por mais que um idoso saiba que tem uma doença, não pode se sentir incapaz, nem "morto" em seu meio social. Mesmo estando na última fase da vida, é necessário que o idoso faça atividades, alcançando expectativas, desejos, mantendo-se ativo e adquirindo uma boa qualidade de vida. Para isso é importantíssimo que eles se mantenham sempre ocupados. A terapia ocupacional tem o objetivo de proporcionar uma forma mais sadia à esse processo de envelhecimento e os terapeutas compreendem a dinâmica da ocupação nesta fase da vida.
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Revisado por Leticia Maciel