Desde a infância, a bolsa acompanha a nós, mulheres, em nossas vidas. Seja na fase infantil quando carregamos apenas uma boneca barbie e um diário, ou na maturidade onde carregamos óculos de grau, porta moedas e um guarda chuva.
A bolsa acabou se tornando para a mulher um objeto indispensável e complemento para a vida cotidiana. Como imaginar uma mulher sem sua bolsa? Tornou-se um bom presente para dia das mães, e ganhou um maior destaque na sociedade.
Além dessa importância para o público feminino, tanto no dia à dia como em ocasiões especiais, ela virou objeto de luxo e sinônimo de status para muitas pessoas. Umas enxergam a bolsa apenas como algo utilitário e outras como demonstração de glamour e bom gosto. A bolsa feminina deixou de ser simplesmente um objetivo de corte e costura.
Já quando o assunto é a quantidade de bolsas, uma mulher nunca consegue ter uma só. Para estar em dia com as tendências e ter opções para diferentes passeios, lugares e programas é preciso ter vários modelos, que podem variar de acordo com a sua personalidade e estilo.
O conteúdo da bolsa também pode dizer muito sobre sua 'dona'. Umas carregam o indispensável e outras parecem carregar a vida dentro dela. Como diz uma frase conhecida: 'Para conhecer uma mulher, é só observar o que ela carrega em sua bolsa'.
O acessório de maior desejo das mulheres é mais antigo do que se pode imaginar. Esse objeto que nos acompanha e parece ser indispensável, já era observado através de pinturas rupestres da era primitiva.
Nesses desenhos, observava-se tanto homens quanto mulheres utilizando uma espécie de 'saco' para guardar seus pertences. Esse saco, mesmo sendo feito de forma simples e rude, pode ter sido a primeira bolsa usada na humanidade.
A primeira citação concreta sobre o objeto encontra-se na bíblia, no livro de Isaías, capítulo 3:16. O que nos prova a sua antiguidade, já que a bíblia é o livro mais antigo datado na história. “Naquele dia tirará o Senhor os seus enfeites: os anéis dos artelhos, as toucas, os colares em forma de meia-lua, os brincos, os braceletes, os vestidos, os diademas, as cadeias dos artelhos, os cintos, os amuletos, as caixinhas de perfumes, os mantos, os xales, as bolsas, os espelhos, as capinhas de linho e as tiaras.”
Foi na Idade Média que a bolsa começou a se popularizar. Diferente do que se possa imaginar, os homens eram os que mais a utilizavam, usando-a para guardar dinheiro, alimentos e pertences em suas jornadas. Com o tempo, surgiram bolsas para guardar diferentes objetos, e assim variados modelos começaram a ser desenvolvidos.
As bolsas, que eram apenas fabricadas de modo artesanal, começaram a ser feitas em grande escala por fabricantes, que logo enxergaram na produção um bom negócio, e ganharam grande lucro por sua exclusividade e inovação.
Linho, veludo, tafetá, algodão, lona e couro foram os primeiros materiais usados nas confecções, que aumentavam a produtividade e a qualidade dos produtos.
Aos poucos a bolsa foi tomando o formato que conhecemos atualmente. Com as necessidades que foram surgindo, principalmente das mulheres, ela foi evoluindo e crescendo industrialmente e esteticamente. Os tamanhos começaram a ficar variados e o seu valor cada vez mais elevado.
Existem limites de preço para se comprar a bolsa desejada? Para algumas mulheres e algumas marcas não. Atualmente existem bolsas com preços equivalentes ao um carro, ou até mesmo de uma casa.
Essas bolsas, que geralmente vem acompanhadas de detalhes em pedras preciosas, peles ou couros raros, ultrapassam o limite de realidade da maioria das mulheres e se tornam objetos de luxo e sinônimo de poder.
Após tomar conhecimento de todas as bolsas mais desejadas e caras do mundo fica a dúvida: 'Será que um dia vou poder sair com umas dessas?'
Esse prazer para a maioria das mulheres está longe de ser realizado, mas não impossível.
As lojas de aluguel de bolsas e acessórios de grife, bastante conhecidas nos Estados Unidos e na Europa, parecem ter chegado ao Brasil. A primeira loja especializada no ramo encontra-se em São Paulo, a Feel Chic ('Sinta-se chic', em português).
O projeto, idealizado por quatro amigas que acabaram se tornando sócias, foi muito repercutido e tornou-se pioneiro no ramo no país. Entre os exemplares de marca, encontram-se bolsas Chanel, Hermés, Prada, Dior e Gucci, que podem ser alugados por uma pequena parcela do preço original.
Uma democratização fashion para as apaixonadas por bolsas!
Textos produzidos por Gabriella S. Kolling
Revisado por Letícia Maciel