AutomedicaçãoA automedicação é a prática de usar medicamento sem a prévia consulta a um médico, sem indicação (receita). É uma atitude bastante condenada por todos que atuam na área da saúde por ocasionar vários problemas de saúde.

O Brasil ainda é um país com muitos casos de automedicação e, por isso, sempre é bom lembrar que, apesar do mercado contar com alguns deles que não tem a obrigação de receita para a compra, o ideal é sempre procurar a orientação médica para evitar danos à saúde.

Não se sabe quando, ao certo, começou a prática de usar remédios sem a orientação profissional. Também não se sabe um motivo exato para que esse fenômeno acontecesse, mas podemos apontar vários fatores que podem explicar essa prática. A grande divulgação de propagandas de remédios, a dificuldade e o custo cobrado para se contar com um atendimento médico responsável para indicar um medicamento, o conselho de pessoas mais velhas ou amigos, além do “jeitinho” que acham para resolver as coisas.

Remédios para dor de cabeça, analgésicos e antiácidos são vendidos livremente e é bastante comum adquiri-los sem qualquer prescrição médica. No entanto, mesmo esses consumos “comuns”, são perigosos. A união desses remédios no organismo pode ocasionar efeitos indesejáveis.

Interação Medicamentosa

Um desses casos é a interação medicamentosa que ocorre quando dois remédios, quando juntos num organismo, podem afetar a atuação do outro. Essa alteração pode causar uma anulação dos dois medicamentos, uma reação de repulsão do organismo (portanto, fará com que as drogas sejam expulsas do corpo) ou um pode potencializar o efeito do outro. Dependendo da situação, qualquer um dos três efeitos acima é perigoso. Se uma pessoa hipertensa, por exemplo, toma seu remédio para abaixar a pressão arterial e ingere outro remédio que potencializa esse efeito, essa pessoa terá muito provavelmente uma queda brusca de pressão.

Em bares, festas noturnas, boates, etc. é comum a aplicação incorreta de remédios que funcionam como drogas estimulantes (anfetaminas). Muitas pessoas abusam do uso dessas drogas em diversas situações, quer seja para ficar acordado ou com mais energia. Apesar do controle da ANVISA, que procura acompanhar de perto a venda de remédios controlados, ainda existe a venda sem prescrição médica, falsas receitas ou contrabando de medicamentos. Isso dificulta o combate a esse problema.

Além desse perigo, há um fato que não deve ser esquecido: remédios são drogas. O uso desordenado prejudica naturalmente o corpo. Como dizia Paracelso (nome pseudônimo), um médico suíço, nascido em 1493 “A diferença entre o veneno e o remédio é a dosagem”. Como não há o acompanhamento profissional, não há uma medida segura para o uso desses remédios. Até porque, a dosagem varia muito de um organismo para outro.

Remédios Naturais

Outro perigo da automedicação é o uso de “medicamentos naturais”. A comunidade científica desaprova a venda e utilização de ervas medicinais e elementos naturais sem uma legalização, pois existem substâncias naturais que não passaram por estudos que comprovem a sua eficácia. Essa prática é conhecida como medicina alternativa. Há substâncias que prometem o emagrecimento, mas durante a utilização o usuário atesta a sua ineficiência. Por esse motivo e muitos outros, o uso de substâncias desconhecidas é ilegal e prejudicial.

A automedicação é uma prática perigosa que deve ser combatida. Somente médicos tem conhecimento necessário para recomendar qual medicamento deve ser usado e como ele deve ser. Além do médico, o farmacêutico, em último caso deve ser consultado. De qualquer forma, o médico é o mais indicado para diagnosticar qual o problema do paciente e poder escolher o tratamento mais adequado.

Textos produzidos por Guilherme Carvalho

Revisados por Cristiana Chieffi