Diversos métodos contraceptivos foram criados para que se chegasse à forma que a camisinha (capa fina de borracha) possui hoje.
Na Ásia, era utilizado papel de seda untado em óleo e, no Antigo Egito, um protótipo da camisinha também era usado com a intenção de se proteger de picadas de insetos. O material utilizado era poroso e não oferecia tanta segurança e nem eficácia.
Na Idade Média, tornou-se necessária a invenção de métodos mais eficazes. Em 1564, um cirurgião criou um forro de linho que era embebido em ervas e posteriormente os preservativos começaram a ser mergulhados em soluções químicas e, na sequência eram secos. No século XVII, o Dr. Quondam criou um preservativo feito com as tripas de animais. Esse método fez muito sucesso e algumas pessoas atribuem o nome do preservativo em inglês, condom, como uma forma de homenagear o médico. Entretanto, outros estudiosos afirmam que esse nome deriva do latim “condus” que significa receptáculo.
Esse tipo de camisinha feita com tripas foi utilizada até o ano de 1839, quando foi criado o preservativo feito com a borracha. Elas tinham um alto custo, e eram grossas e por isso costumavam ser reutilizadas várias vezes. As camisinhas conhecidas atualmente, feitas com látex, somente foram inventadas em 1880 e a partir desse momento, foram sendo desenvolvidas melhorias no produto com o intuito de torná-lo mais confiável.
A camisinha não permite que o pênis tenha contato direto com a vagina e, assim, ele impede que os espermatozoides tenham contato com o órgão sexual feminino. Ela impede que sejam trocadas secreções entre os parceiros, protegendo contra as DSTs. Ela somente deve ser colocada com o pênis ereto e o homem deve verificar se a embalagem possui o selo do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), se está danificada ou furada e o prazo de validade. A eficácia desse método é de até 98%.
Para abri-la, nenhum objeto cortante deve ser utilizado para evitar o risco de furar o preservativo. Deve-se retirá-la da embalagem e segurar a ponta da camisinha, que é o reservatório, para que não fique ar, evitando que ela estoure. Com a ponta segurada, deve-se desenrolar o preservativo até a base do pênis. E ela deve ser retirada após a ejaculação e a utilização deve ser de apenas um preservativo a cada relação sexual. O uso de duas camisinhas causa um atrito e pode ocorrer o rompimento de um deles.
Muitas camisinhas possuem espermicida, que destroem os espermatozoides e podem atacar possíveis germes causadores de DSTs. A informação sobre essa substância no produto virá em sua embalagem.
A camisinha feminina surgiu na Inglaterra nos anos 90, é feita de poliuretano e possui uma espécie de bolsa que recebe o esperma liberado durante a relação sexual. Ela impede que os espermatozoides cheguem ao canal vaginal, impedindo não só a gravidez como também as doenças sexualmente transmissíveis. Ela é mais larga que a camisinha masculina e possui uma maior lubrificação. No lado em que ela está fechada, existe um anel flexível para ajudar na sua colocação. Na outra ponta do preservativo, há outro anel que protege a vulva (parte externa da vagina).
Para colocar a camisinha feminina, a mulher deve encontrar uma posição confortável e segurar o anel externo do preservativo virado para baixo. Ao apertar o anel interno, deve-se introduzi-lo na vagina com o auxílio do dedo indicador para que a camisinha seja empurrada bem para o fundo, porque ela deve cobrir o colo do útero. O anel externo fica alguns centímetros para fora da vagina; porém, isso não é um problema e aumenta a proteção.
Textos produzidos por Aline Gonçalves de Oliveira
Revisados por Cristiana Chieffi