Paciente LeucemiaGeralmente de origem desconhecida, é uma doença maligna dos glóbulos brancos. Acumula células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.

A medula é conhecida por tutano e nela são formadas as células sanguíneas e as células que dão origem aos glóbulos brancos, glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas.

Tipos de Leucemia

A leucemia pode ser do tipo crônica (grava-se lentamente) ou aguda (agrava-se rapidamente):

Crônica: No início, ainda realiza o trabalho dos glóbulos brancos normais. Assim o número de células doentes cresce, podem aparecer inchaços e infecções. Os sintomas vão aumentando de forma gradual.

Aguda: As células leucêmicas não conseguem realizar nenhum trabalho de uma célula normal. As células leucêmicas crescem de forma rápida, acelerando o avanço da doença.

A leucemia pode ser separada pelos tipos de glóbulos brancos afetados: linfoides ou mieloides. Quando afetam as células linfoides, são chamadas de linfoide, linfocítica ou linfoblástica. Quando afeta as células mieloides, são chamadas de mieloide ou mieloblástica. Por meio dessas duas classificações, são definidos quatro tipos mais comuns de leucemia:

Leucemia linfoide crônica: Afeta células linfoides e se desenvolve lentamente. Raramente afeta crianças e é mais comum em adultos com mais de 55 anos.

Leucemia mieloide crônica: Desenvolve-se vagarosamente e atinge principalmente adultos.

Leucemia linfoide aguda: Afeta células linfoides de forma rápida. Ocorre em adultos, mas atinge principalmente crianças pequenas.

Leucemia mieloide aguda: Avança de forma rápida nas células mieloides e pode ocorrer tanto em adultos como crianças.

Fatores de Risco da Leucemia

- Tabagismo;

- Radiação;

- Síndrome de Down e outras doenças hereditárias;

- Benzeno (encontrado na fumaça do cigarro, gasolina e usado na indústria química);

- Quimioterapia;

- Síndrome mielodisplásica e outras desordens sanguíneas.

Sintomas da Leucemia

Há o acúmulo de células doentes na medula óssea e isso prejudica a produção de glóbulos vermelhos (causando anemia), dos glóbulos brancos (deixando o organismo sujeito à infecções) e das plaquetas (causando sangramentos e manchas roxas na pele).

Podem surgir gânglios linfáticos na região do pescoço e das axilas, a perda de peso, o desconforto abdominal, dores nos ossos e articulações. Se o Sistema Nervoso Central for afetado, podem ocorrer vômitos, náuseas, dor de cabeça e desorientação. Após o diagnóstico, o tratamento deve ser iniciado imediatamente.

Diagnóstico da Leucemia

No laboratório, após realizar o hemograma (exame de sangue) e verificar a alteração, a doença é confirmada no exame de medula óssea (mielograma). Retira-se um pequeno pedaço do material esponjoso de dentro do osso e as células são examinadas.

Tratamento da Leucemia

Para se obter a cura total da doença, é necessária a conjunção do uso de medicamentos, controle de hemorragias e infecções e prevenção da doença no sistema nervoso Central. Para alguns casos, é indicado o transplante de medula óssea.

Após a aplicação dos remédios, o trabalho é obter um estado de normalidade. Esse resultado é alcançado após dois meses do início do tratamento. Nas próximas etapas, o tratamento diferencia de acordo com o tipo de célula afetada. Nas células linfoides, pode durar dois anos e nas mieloides, menos de um ano.

O tratamento da leucemia é feito em três fases:

- Consolidação: Tratamento intensivo.

- Reindução: Repetição de medicamentos já utilizados.

- Manutenção: Tratamento menos agressivo e contínuo por vários meses.

Devido à agressividade do tratamento, é necessária a internação do paciente por causa da debilidade dos glóbulos brancos.

Transplante de Medula Óssea

A medula óssea é um líquido que ocupa o interior dos ossos e é chamado, na forma popular, de tutano. Na medula, são produzidos os componentes do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas. As hemácias levam o oxigênio dos pulmões para as células e gás carbônico das células para os pulmões. Os leucócitos são os agentes de defesa do nosso organismo e nos defendem de infecções. As plaquetas compõem o sistema referente à configuração do sangue.

O transplante de medula óssea é feito com a troca de uma medula óssea doente por células normais de medula óssea, com o objetivo de constituir uma medula saudável. O transplante pode ser autogênico, quando a medula vem do próprio paciente, ou pode ser alogênico, quando a medula vem de um doador. O transplante também pode ocorrer utilizando o sangue do cordão umbilical. Para que o procedimento, ocorra é necessária uma total compatibilidade entre um doador e o paciente. A compatibilidade depende de um conjunto de genes localizados no cromossomo 6.

De acordo com a lei da genética, as chances de encontrar um doador ideal entre irmãos é de 25%. Quando não há um doador entre parentes, a opção é fazer uma busca no registro de doadores voluntários, no REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) e no exterior.

Para unir as informações de pessoas que querem doar a medula, foi criado o REDOME, instalado no Instituto Nacional de Câncer (INCA). Possui um sistema que cruza informações genéticas de pacientes e voluntários cadastrados. Ao ser constatada a compatibilidade, a pessoa é convocada para fazer a doação.

Podem ser doadores as pessoas entre 18 e 55 anos e que tenham boa saúde. Para o cadastro, deve-se procurar o hemocentro onde será feito o esclarecimento sobre doações. Será realizada a coleta de uma amostra de sangue para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador). Os dados são inseridos no cadastro do REDOME e, ao surgir um paciente, a compatibilidade será verificada no cadastro.

Outros tipos de câncer:

  • Câncer do colo do útero;
  • Câncer de esôfago;
  • Câncer de bexiga;
  • Câncer de rim;
  • Câncer de testículo;
  • Câncer de pâncreas;
  • Câncer de ovário;
  • Câncer de tireoide;
  • Câncer do endométrio;
  • Câncer Infantil;
  • Linfomas;
  • Tumores ósseos;
  • Sarcoma;
  • GIST (Câncer do trato intestinal);
  • Mieloma Múltiplo;
  • Tumores do sistema nervoso central.

Textos produzidos por Aline Gonçalves de Oliveira

Revisados por Cristiana Chieffi